Acompanhamento da Bolsa

Ibovespa se descola de NY e sobe 1%; dólar avança

A valorização do índice se desenrolou contrariamente à queda do mercado de ações de NY, especialmente no setor de tecnologia

Foto: Freepik
Foto: Freepik

O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, a B3, opera com avanço de 1% no primeiro pregão da semana, com apenas cerca de 5 papéis em queda.

Por volta das 13h02 (horário de Brasília), desta segunda-feira (27), o índice apresentav uma valorização positiva de exatos 1%, aos 123.673 pontos.

O dólar comercial seguia a mesma tendência de ganhos do índice, ao passo que apresentava uma alta de 0,28%, cotado a R$ 5,93.

O desempenho se afasta das bolsas em Wall Street, que reagem negativamente ao lançamento de um modelo de inteligência artificial (IA) mais acessível da China.

A valorização do Ibovespa se desenrolou contrariamente à queda do mercado de ações de Nova York, especialmente no setor de tecnologia, onde o Nasdaq recuou cerca de 3,50%.

Como o Ibovespa tem poucas ações ligadas a esse setor, o índice brasileiro não seguiu a tendência negativa das bolsas americanas.

O dólar apresentou volatilidade nesta manhã, enquanto os juros futuros cederam, acompanhando o recuo dos rendimentos dos Treasuries, mesmo com o aumento das expectativas para o IPCA. No mercado de commodities, o minério de ferro fechou com alta de 1,06%, enquanto o petróleo operava com leve queda.

Ainda com a agenda da semana ganhando corpo, as ações da Petrobras e as discussões sobre medidas governamentais para reduzir os preços dos alimentos seguem no radar.

A ANP determinou a unificação dos campos de Berbigão e Sururu, no pré-sal da Bacia de Santos, onde a Petrobras detém 42,5% de participação.

Isso resultará na atualização da produção em um único campo, aumentando a alíquota da Participação Especial de forma retroativa. A Petrobras afirmou que está avaliando as medidas cabíveis no âmbito do consórcio.

Ibovespa sobe com minério

O Ibovespa operava em alta de cerca de 1% e se aproximava dos 124 mil pontos, impulsionado pela queda das taxas dos contratos de DI e pelos menores rendimentos dos Treasuries.  No pico do dia, o índice alcançou 123.959,23 pontos, com um volume financeiro de R$ 6,53 bilhões.

O rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA foi reduzido para 4,5525%, de 4,623% na sexta-feira, refletindo um alívio nas taxas de juros no Brasil e também influenciando positivamente a bolsa paulista.

Esse movimento ocorreu apesar de uma pesquisa Focus indicar uma piora nas expectativas para a inflação no Brasil, com economistas elevando suas previsões para a Selic em 2026.

Além disso, a avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva teve uma queda, e uma pesquisa Genial/Quaest mostrou que a maioria da população acredita que o governo cometeu erros com o Pix.

Após uma queda inicial de 0,20%, o Ibovespa se recuperou e voltou a marcar os 123 mil pontos, níveis registrados no fechamento do dia 21.

Essa alta reflete uma boa parte da carteira teórica, com 87 ações, e foi interpretada por analistas como uma oportunidade de preço e uma entrada de fluxo positivo.

EUA 

O S&P 500 e o Nasdaq atingiram, nesta segunda-feira (27), suas menores marcas da semana, pressionados pela crescente adoção de um modelo chinês de inteligência artificial acessível, que fez as ações da Nvidia e de outras empresas do setor de IA registrarem quedas significativas.

Esse novo modelo de IA desenvolvido pela startup chinesa DeepSeek gerou uma perda de US$ 1 trilhão para as empresas de tecnologia dos EUA e da Europa, o que levantou questionamentos sobre as avaliações inflacionadas das principais empresas globais.

Cotação dos índices dos EUA:

Dow Jones: -0,08%

S&P 500: -1,63%

Nasdaq: -2,65%