Apetite de risco

Ibovespa se supera e crava novo recorde histórico de fechamento

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (19) com alta de 1,36%, aos 135.777,98 pontos; o dólar caiu, a R$ 5,41.

Ibovespa
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O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (19) com alta de 1,36%, aos 135.777,98 pontos. O dólar comercial caiu 0,99%, a R$ 5,41.

O Ibovespa surpreendeu os investidores nesta sessão, enquanto engatava novos recordes da máxima histórica. O índice chegou a ultrapassar os 136 mil pontos, subindo 1,66%, maior patamar conquistado na história da Bolsa brasileira. Esse ânimo vem ao passo que os estrangeiros voltam a ser atraídos pelos ativos de risco da B3.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, estendeu as perdas em 0,58%, a US$ 101,87.

Os temores quanto a uma recessão econômica nos EUA, que tomou os mercados globais há duas semanas, foram afastados, enquanto novos indicadores estimulam os investimentos, explicou Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.

A semana terá uma agenda econômica mais esvaziada, por isso as atenções seguem no cenário externo, pois nos EUA muitos eventos importantes podem indicar o caminho que o Fed (Federal Reserve) deve seguir na reunião de setembro.

“Acredito que o corte de juros nos EUA pode diminuir o cenário de alta da Selic e também diminuir a curva de juros brasileira”, disse Mendonça.

“Goldman Sachs reduziu a probabilidade em 20% de recessão nos EUA, depois de dados da semana passada que vieram positivos, motivos pelos quais tivemos a forte valorização das ações globais, lideradas pelas empresas de tecnologia e inteligência artificial. Isso também impulsiona positivamente a nossa bolsa”, continuou.

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, discursará no simpósio do Fed em Chicago, o Jackson Hole, no Sábado, e o mercado segue em alerta para suas declarações e sinalizações.

Além disso, como em todo segunda-feira, o Boletim Focus do BC foi divulgado e mostrou alterações nas expectativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2024, que saiu de 4,20% para 4,22%.

A projeção do PIB (Produto Interno Bruto) de 2024, passou de 2,20% para 2,23%, enquanto a Selic (taxa básica de juros) deste ano segue com expectativas na casa dos 10,50% ao ano.

As ações de grandes bancos subiram ainda em repercussão aos bons balanços trimestrais, a Magalu (MGLU3) engatou alta pela perspectiva de melhora do PIB, enquanto a Vale (VALE3) acompanha a recuperação do preço do minério de ferro.

A Petz (PETZ3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 23,87%. Logo atrás, Marfrig (MRFG3) e Locaweb (LWSA3) registraram altas de 13,19% e 12,74%, respectivamente.

Já na ponta negativa, WEG (WEGE3) liderou as perdas, caindo 2,74%. Em seguida, vieram Prio (PRIO3) e Sabesp (SBSP3), com perdas de 2,66% e 1,22%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) divergem

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 0,16% e 0,48%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 2,66%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 1,60%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 2,50%. Usiminas (USIM5) valorizou 6,91%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 0,60% e 2,68%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 4,48% e 1,65%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 10,65%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 21,43%. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 15,61%.

Índices do exterior fecharam em alta

Os principais índices europeus tiveram desempenhos xxx nesta segunda-feira (19). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,55%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,70%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,64%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,97% e 1,39%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,57%.