O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (13) com alta de 0,64%, aos 134.881,95 pontos. O dólar comercial caiu 0,92%, a R$ 5,56.
A crença da maldição do azar na sexta-feira 13 não pegou o Ibovespa, que seguiu o pregão com ritmo de crescimento forte. A principal razão foi o ânimo baseado na confiança de corte de juros agressivo nos EUA semana que vem. Além disso, no quadro interno também foram divulgados novos dados econômicos relevantes.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, também engatou queda de 0,25%, a US$ 101,11.
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado a prévia do PIB (Produto Interno Bruto), caiu 0,40% em julho, após a forte alta de 1,40% de um mês antes, informou nesta sexta-feira (13) o BC.
No cenário externo, o Ibovespa se beneficiou das declarações do ex-presidente do Fed de Nova York, Bill Dudley, que sugeriram a possibilidade de um afrouxamento monetário mais intenso.
“Esses eventos reforçaram as apostas de um corte de 0,50 ponto percentual, em vez dos 0,25 p.p. inicialmente previstos, aumentando o apetite por risco global e enfraquecendo o dólar, além de reduzir os rendimentos dos Treasuries americanos”, avaliou Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócia da The Hill Capital.
Já no Brasil, a perspectiva segue indicando uma alta da Selic (taxa básica de juros) na “Super-Quarta”, e o resultado do IBC-Br reforçou a tese, segundo o especialista.
Mesmo com recuo menor do que a mediana esperada pelos analistas, de 0,50%, a queda não foi suficiente para dissipar preocupações com a atividade aquecida e seus impactos sobre a inflação.
Na linha positiva do Ibovespa, a Vale (VALE3) subiu mesmo com o minério de ferro em queda, e a Petrobras (PETR4) caiu mesmo com o petróleo em alta.
A Azul (AZUL4) esteve entre as maiores altas, isto por conta da notícia de que a empresa se aproxima de um novo acordo de dívida com locadores, o que é visto como positivo, inclusive diminuindo os temores dos investidores pelo futuro da companhia, disse Iarussi.
A Azul (AZUL4) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 22,52%. Logo atrás, CVC (CVCB3) e Braskem (BRKM5) registraram altas de 14,29% e 7,84%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Assai (ASAI3) liderou as perdas, caindo 2,98%. Em seguida, vieram Carrefour (CRFB3) e Natura (NTCO3), com perdas de 2,67% e 1,52%.
Altas e Baixas do Ibovespa: Petrobras (PETR4)
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 0,30% e 0,46%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 2,44%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,67%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 1,08%. Usiminas (USIM5) valorizou 4,40%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 0,11% e 0,67%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com equilibrou em 0,00% e valorização 0,39%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 3,85%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 0,60%. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 3,71%.
Índices do exterior fecharam em alta
Os principais índices europeus tiveram desempenhos positivos nesta sexta-feira (13). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 1,03%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,41%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,71%.
Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,54% e 0,65%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,72%.