Ibovespa segue exterior fraco e cai com perspectiva de altas de juros

O dólar comercial fechou em alta a R$ 5,67

Seguindo o desempenho negativo das bolsas internacionais, o Ibovespa encerrou em queda na sessão desta segunda-feira (10), refletindo ainda a preocupação do mercado com a expectativa de alta de juros nos Estados Unidos nos próximos meses. Além disso, investidores aguardam novas indicações sobre a política monetária mundial e as estimativas da saúde das contas públicas nacionais.

No cenário interno, os temores seguem ligados a uma possível piora do quadro fiscal do Brasil frente a um aumento dos gastos públicos pelo governo para atender às reivindicações de servidores públicos por acréscimo salarial. 

Em contrapartida, a fala do presidente Jair Bolsonaro de que não estariam garantidos reajustes a nenhuma categoria de servidores pode trazer algum alívio para o ambiente fiscal nacional.

Em relação a maior economia do mundo, a perspectiva de avanço nos juros eleva a rentabilidade dos títulos do Tesouro americano, o que consequentemente reduz o apetite por ativos de risco e direciona mais os fluxos de investimento para o país.

Em Wall Street, as bolsas amenizaram as perdas após passarem parte do dia em forte baixa, porém mantiveram a desvalorização. O Dow Jones caiu 0,45%, a 36.067 pontos e o S&P 500 perdeu de 0,14%, a 4.670 pontos. Já a Nasdaq, que chegou a recuar mais de 2%, reverteu a queda e fechou com leve avanço de 0,05%, a 14.942 pontos.

Na Europa, o movimento de retração foi semelhante ao da grande potência. O DAX, da Alemanha, teve desvalorização de 1,13%; o FTSE, do Reino Unido, caiu 0,53%; e o CAC 40, da França, despencou 1,44%. O STOXX 600, que conta com companhias de todo o continente, recuou 1,48%.

O crescimento do número de casos de Covid-19 ao redor do mundo devido a variante ômicron também impactou o mercado global. As hospitalizações por conta da doença nos EUA atingiram um novo pico de 132.646, segundo uma contagem da Reuters nesta segunda, superando o recorde de 132.051 estabelecido em janeiro do ano passado.

No Brasil, a média móvel de casos é 32.954 casos de Covid-19 em sete dias (ontem + 6 dias). 

Bolsa

O Ibovespa encerrou em baixa de 0,75%, aos 101.945 pontos, com volume negociado de R$ 22,7 bilhões, abaixo da média.

Dólar

O dólar comercial fechou em alta de 0,76%, a R$ 5,67.

Confira as ações com maiores altas e baixas desta sessão:

Maiores altas

Usiminas (USIM5) +4,77%
Fleury (FLRY3) +3,74%
CSN (CSNA3) +3,32%
PetroRio (PRIO3) +1,61%
Pão de Açúcar (PCAR3) +2,11%

Maiores baixas

Banco Inter (BIDI11) -8,57%
Magazine Luiza (MGLU3) -7,72%
Méliuz (CASH3) -5,75%
Qualicorp (QUAL3) -5,56%
Hapvida (HAPV3) -5,24%

Ibovespa pela tarde

Às 17h13 (horário de Brasília), o índice apresentava queda de 1,23% aos 101.456 pontos. O dólar tinha alta de 0,76%, a R$ 5,67.

Às 15h04 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa tinha baixa de 1,13% aos 101.563 pontos. Já o dólar subia 0,79%, a R$ 5,67.

Índice ao meio-dia

Às 12h16 (horário de Brasília) o Ibovespa apresentava um recuo de 1,33%, aos 101.355 pontos. Neste mesmo momento, o dólar avançava 1,01%, a R$ 5,68.

O índice potencializou suas perdas desde o início do pregão desta segunda-feira (10), impulsionado pela abertura negativa das ações em Wall Street e tendo a curva de juros dos Estados Unidos como principal influenciadora nas quedas das sessões.

O mercado nacional juntamente com investidores externos analisam com atenção a abertura na curva de juros norte-americana, com o rendimento do título americano de 10 anos sendo negociado acima da importante marca psicológica de 1,80%. 

A Companhia Siderúrgica Nacional, JBS e Usiminas foram os papéis que lidaravam o pregão ao atingirem alta de 2,53, 1,90% e 1,84%, respectivamente. Já as ações do Banco Inter, Magazine Luiza e brMalls se destacaram negativamente ao apresentarem um recuo de 10,33%, 5,63% e 4,40%, respectivamente.

Os índices norte-americanos registraram tombos perceptíveis com as ações de tecnologia sofrendo forte pressão das altas dos rendimentos dos títulos americanos. O Dow Jones registrava queda de 1,30%, aos 35.759 pontos; o S&P 500 recuava 1,64% com 4.600 pontos enquanto o Nasdaq recuava 2,24%, aos 14.600 pontos.

Às 12h23 (horário de Brasília) o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) da B3 apresentava um recuo de 0.08%, aos 2.757 pontos.

O fundo KNRI11 registrou a maior alta, com avanço de 1.73, sendo cotado a R$133,53. Já o BARI11 apresentou a maior perda, com queda de 0.01%.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h04 (horário de Brasília) o Ibovespa abriu o pregão desta segunda-feira (10) com recuo de  0,044%, aos 102.271 pontos. O dólar apresentou uma alta de 0,42%, sendo negociado a R$ 5,65 .

A sessão da bolsa de valores brasileira, a B3, foi iniciada refletindo a preocupação do mercado em relação à ação do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, nos próximos meses, de elevar os juros dos títulos do tesouro dos EUA já programados para acontecer em março. O aperto monetário do Fed deixa forte presença de preocupação nos investidores.

Confira a abertura do Ibovespa na íntegra aqui.

Pré-abertura a Bolsa

Na sessão desta segunda-feira (10) indicadores domésticos serão divulgados, como os dados referentes à inflação. Além disso, o destaque também está para a fala do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que nenhum ajuste salarial está garantido, ao ser questionado sobre a aprovação da elevação do salário de policiais e as greves de servidores.

Confira a pré-abertura da Bolsa na íntegra aqui.

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