Ibovespa segue mau humor externo e fecha em queda; dólar fica estável

Seguindo o mau humor internacional, o Ibovespa encerrou em queda nesta terça-feira (27). O benchmark brasileiro ainda refletiu o pregão de baixas em Wall Street, onde os principais índices registraram a primeira perda em seis dias em meio a decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve) e a temporada de balanços.

No cenário interno, a atenção ficou voltada à divulgação dos resultados no segundo trimestre. A Tim (TIMS3) reportou lucro de R$ 672 milhões no período, entretanto as ações da empresa recuaram 0,78% após o anúncio. Os papéis, que avançavam durante boa parte do pregão, caíram devido a uma rápida realização de lucros.

Algumas companhias irão revelar esses dados após o fim da sessão, como é o caso da CSN (CSNA3).

Ainda no radar de mercado, as ações da Vale (VALE3) e as da Petrobras (PETR3; PETR4) foram as principais responsáveis pela queda do Ibovespa, com baixa de 1,91% para a mineradora e de 1,2% para a petroleira. Juntas, as empresas respondem por 22,44% do índice.

Na política, o presidente Jair Bolsonaro reiterou que pretende vetar o fundo eleitoral aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), avaliado em R$ 5,7 bilhões. 

No território americano, o foco dos investidores ficou com os balanços divulgados por gigantes como a Alphabet, dona do Google, Apple e Microsoft. Enquanto isso, prevalece a expectativa a reunião de política monetária do Federal Reserve

Já na Ásia, as bolsas de Hong Kong e Xangai contabilizaram fortes quedas após o regulador antitruste da China anunciar uma série de medidas para restringir o setor de aplicativos de entrega de comida, como por exemplo pagar um salário mínimo a entregadores. 

Bolsa

O Ibovespa caiu 1,1%, a 124.612 pontos com volume financeiro negociado de R$ 25,757 bilhões.

Dólar

O dólar comercial teve leve alta de 0,06% a R$ 5,177 na compra e a R$ 5,178 na venda.

Índice pela tarde

Às 15h18 (horário de Brasília), o índice caia 1,57%, a 124.019 pontos. O dólar comercial recuava 0,05% a R$ 5,17.

Ibovespa ao meio-dia

Às 12h23 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 1,05%, a 124.679 pontos. O dólar comercial operava em queda de 0,46% a R$ 5,15.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h15 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 0,81%, a 124.987 pontos. O dólar comercial operava em alta de 0,22% a R$ 5,18.

Nesta terça-feira (27), o Ibovespa opera em queda, puxado pelas principais bolsas internacionais, com destaque para China, que teve o Hang Sen, índice da Bolsa de Valores de Hong Kong, registrando queda de mais de 8% em dois pregões, enquanto a bolsa de Xangai caiu mais de 2%.

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou em alta na segunda-feira (26) puxado por papéis de companhias ligadas ao minério de ferro. Com o novo avanço, o índice se recupera parcialmente do recuo de 0,87% reportado na sexta-feira (23) e segue as bolsas norte-americanas, que fecharam em alta, apesar de abrirem no vermelho.

No radar, o mercado deve ser movimentado com a repercussão dos dados trimestrais da TIM e da EDP Brasil. Nesta terça-feira (27), atenção para os números da CSN que serão expostos após fechamento do pregão, bem como os resultados da Apple, Microsoft e Alphanet, dona da Google, nos Estados Unidos.

Ainda sobre os EUA, as ações da Tesla subiram 1% no after market. A companhia ultrapassou US$1 bilhão no lucro líquido no segundo trimestre de 2021.

A reunião de dois dias para tratar da política monetária norte-americana começa nesta terça-feira. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) se reunirá com os governadores do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA. Ao final do encontro, que será na quarta-feira (28), Jerome Powell, presidente do Fed, fará uma coletiva.

As bolsas europeias operam em queda, enquanto investidores seguem monitorando a divulgação de resultados trimestrais, bem como eventos climáticos e a propagação da Covid-19 no continente.

No Reino Unido, Gerhan Vilege, do Banco da Inglaterra, declarou que o banco central não pretende reduzir seu programa de estímulos por um tempo, mesmo com a alta da inflação, que a instituição acredita ser temporária, e a ameaça de uma nova onda de infecções por Covid.

Já as bolsas asiáticas fecharam com desempenhos variados entre si, afetadas por temores regulatórios na China. Além disso, segundo o Infomoney, o país afirmou que pretende tomar medidas contra a expansão da tutoria privada pós-escola da região.
 
Confira os principais índices às 7h27:
 
ÁSIA
Nikkei 225 [+0,49%]
S&P/A SX 200 [+0,50%]
Hang Seng [-4,42%]
Shanghai [-2,49%]
 
EUROPA
DAX [-0,46%]
FTSE 100 [-0,44%]
CAC 40 [-0,29%]
SMI [-0,12%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 30 [-0,35%]
S&P 500 [-0,25%]
Nasdaq [-0,06%]
Russell 2000 [-0,67%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,14%] US$ 1.796,70
Prata [-0,56%] US$ 25,11
Cobre [-0,54%] US$ 4,5602
Petróleo WTI [+0,01%] US$ 71,92
Petróleo Brent [+0,15%] US$ 73,81