Ibovespa sobe 0,65% com disparada das fintechs e alívio sobre Ômicron

Dólar encerra em queda a R$ 5,61

O principal índice da Bolsa de Valores brasileira avançou 0,65% no pregão desta terça-feira (7), retomando os 107 mil pontos pela primeira vez desde 11 de novembro deste ano. O Ibovespa se beneficiou, principalmente, de um certo alívio dos temores sobre a variante da Covid-19. Além disso, com a recuperação do índice de tecnologia da bolsa dos Estados Unidos, as fintechs dispararam e lideraram os ganhos do benchmark na sessão.

Os temores sobre a variante Ômicron do coronavírus diminuíram após dados preliminares indicarem que a cepa não é tão grave quanto se imaginava, se comparada com a Delta. Além do avanço dos estudos para a produção de medicamentos contra a variante. Contudo, ainda faltam informações mais completas e os riscos estão sendo monitorados.

As fintechs lideraram os ganhos do Ibovespa na sessão, se beneficiando da retomada da bolsa de tecnologia dos EUA, a Nasdaq, o que impulsionou as empresas do setor no mercado global. As companhias também dispararam com o movimento de queda nas taxas longas de juros, dando força para a recuperação das ações de tecnologia.

A baixa nas taxas longas de juros impulsiona os papéis que possuem expectativas elevadas de crescimento em seus preços. Assim, os maiores ganhos do Ibovespa ficaram com as empresas de tecnologia ou do setor financeiro não tradicional.

O mercado brasileiro segue atento ao primeiro dia da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) nesta terça. A decisão em relação ao reajuste da taxa básica de juros deve ser anunciada na quarta-feira (8), a expectativa é que a Selic sofra aumento de 1,5 ponto percentual para 9,25%, seguindo a previsão do último Boletim Focus. 

Nos EUA, o Departamento de Trabalho norte-americano reportou o maior recuo da produtividade trimestral dos trabalhadores desde 1960, com queda de 5,2%. As estimativas dos especialistas do Wall Street Journal eram de uma baixa de 5% Em contrapartida, os custos unitários de trabalho no país subiram 9,6% no terceiro trimestre, superando a projeção de alta de 8,4%.

Completando os indicadores, o déficit comercial dos Estados Unidos recuou para US$ 67,1 bilhões em outubro, uma queda de 17,6% ante ao mês de setembro. Os economistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam déficit de US$ 66,9 bilhões.

Uma das responsáveis por impulsionar as fintechs no Brasil, a Nasdaq liderou os ganhos das bolsas dos EUA e encerrou com alta de 3,03%.

Na Europa, as bolsas do continente encerraram com o melhor desempenho do ano, repercutindo os alívios sobre a Ômicron (veja mais aqui). O principal índice do Velho Continente, o Stoxx 600, disparou 5,58% na sessão, com destaque para o setor bancário no qual saltou 1,59%.

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro teve forte expansão, com alta de 2,2% no terceiro trimestre deste ano, ante ao intervalo anterior. Em comparação o mesmo período do ano passado, o PIB da zona do euro teve avanço de 3,9%, mostrando que a economia do Velho Continente teve grande recuperação.

Ibovespa
O principal índice da B3 avançou 0,65% aos 107.557 pontos. O volume negociado somou R$ 29,4 bilhões.

5 maiores altas do Ibovespa às 18h15:
BIDI11 [+14,42%]
CASH4 [+13,25%]
BIDI4 [+12,14%]
LWSA4 [+6,50%]
BPAN4 [+5,89%]

5 maiores quedas do Ibovespa às 18h15:
EZTC3 [-3,96%]
MRVE3 [-2,74%]
MULT3 [-2,66%]
ECOR3 [-2,44%]
IRBR3 [-2,31%]

IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) da B3 encerrou com alta de 0,67% aos 2.660 pontos,  sendo a sétima elevação seguida do indicador que acumula ganhos de 3,19% em dezembro. O benchmark também repercutiu os alívios acerca da variante da Covid-19.

5 maiores altas do IFIX:
SARE11 [+3,94%]
AIEC11 [+3,39%}
XPPR11 [+3,24%]
XPML11 [+3,11%]
BTAL11 [+2,64%]

5 maiores baixas do IFIX:
FIGS11 [-2,74%]
MORE11 [-1,66%]
HSLG11 [-1,64%]
PATC11 [-1,47%]
VIFI11 [-1,44%]

Dólar
A moeda norte-americana recuou 1,26% a R$ 5,618 na compra e na venda

Índice pela tarde

Às 16h51 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa avançava 0,62% aos 107.525 pontos. O dólar reduzia 1,26%, a R$ 5,62. 

Às 14h43 (horário de Brasília), o índice subia 0,88% aos 107.799 pontos. O dólar reduzia 0,86%, a R$ 5,64. 

Índice ao meio-dia

Às 12h04 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,96% aos 107.886 pontos. O dólar tinha queda de 0,88%, a R$ 5,64. 

No começo da tarde desta terça-feira (7), o Ibovespa manteve o ritmo de alta que iniciou na abertura, tendo como fator positivo o alívio dos temores relacionado à variante Ômicron. Investidores brasileiros seguem atentos aos desdobramentos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, além da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa a se reunir hoje, e vai até esta quarta-feira (8), para decidir sobre a Selic.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h12 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 1,5% aos 108.483 pontos. O dólar recuava 1,02%, a R$ 5,63. 

Na manhã desta terça-feira (7), dia em que começa a reunião do Copom para decidir a Selic, o Ibovespa avança se aproximando dos 110 mil pontos. Além disso, o alívio em relação a temores sobre a variante Ômicron do coronavírus impacta positivamente no desempenho das ações globais. 

Estudos preliminares sobre a nova cepa da Covid-19 apontaram que a Ômicron não é tão grave como era imaginado. Entretanto, faltam mais informações complementares.

O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários operava em alta de 0,61%, por volta 10h40, aos 2.659 pontos. Nesta segunda-feira (6), o indicador fechou em alta, com elevação de 1,24%, aos 2.643 pontos. 
 
Entre os destaques da Bolsa, às 10h44, a Azul (AZUL4) liderava os ganhos com alata de 4,95%, a R$ 26,03, após a informação divulgada nesta segunda sobre a Ômicron causar quadros leves e menos letais da doença. Além disso, a alta do dólar e o fechamento das fronteiras internacionais resultaram no aumento dos voos domésticos. 

Já em relação aos recuos, a BRF (BRFS3) lidera as quedas, com -0,33%, a R$ 20,53. Em entrevista ao Money Times, o analista Rodrigo Almeida, que a queda foi ocasionada por uma avaliação do mercado de que a empresa irá apresentar margens fracas e pouca geração de fluxo de caixa livre (FCF).

Pré abertura da bolsa

O Ibovespa fechou em alta de 1,7% na segunda-feira (6), indo para a sua terceira sessão consecutiva no azul. O índice foi impulsionado pelo setor de aviação e turismo, após o alívio em relação à nova variante da Covid-19. A PEC dos Precatórios segue no radar, bem como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro.

Na sessão desta terça-feira (7), a atenção está voltada para a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), neste ano, para a definição da taxa Selic. A expectativa do mercado é para que ela seja elevada de 7,75% para 9,25% ao ano. A decisão sairá na quarta-feira (8).

Nesta manhã, os índices futuros norte-americanos avançam, em meio a aceleração da redução gradual da compra de títulos pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que deve abrir caminho para a elevação das taxas em 2022.

De acordo com analistas de Wall Street, o fim da compra de títulos vai piorar a situação. Isso porque quando os mercados pararam em 2020, forçando o Fed a anunciar grandes compras de ativos e outras medidas com a finalidade de evitar um colapso.

A alta volatilidade nos papéis do tesouro em novembro sinalizaram uma liquidez escassa. A oscilação foi por conta da alta da inflação e a pandemia da Covid-19.

Na zona do euro, os mercados se recuperam com alívio em relação à variante Ômicron. O conselheiro médico-chefe da Casa Branca, Dr. Anthony Fauci, declarou no domingo que os dados oficiais sobre a nova cepa foram “encorajadores”, mesmo tendo alertado que mais informações são necessárias para entender a nova variante.

O Produto Interno Bruto (PIB) europeu avançou 2,2% no terceiro trimestre deste ano. A economia da região expandiu em ritmo mais acelerado, recuperando parte das perdas provocadas pela pandemia.

As bolsas asiáticas fecharam em território positivo, com destaque para os papéis da Ásia-Pacific da MSCI, que foram para a sua maior alta em mais de três meses. As ações de Hong Kong também subiram, com o Alibaba Group liderando os ganhos.

Os legisladores da China declararam, na véspera, que iriam flexibilizar as restrições ao mercado imobiliário e prometeram estabilizar a economia. Segundo o InfoMoney, o banco central chinês disse que pretende reduzir a taxa de reservas obrigatórias da maioria dos bancos.

Já em relação aos indicadores econômicos, as exportações no país asiático cresceram mais rápido que o esperado em novembro, à medida que a crise imobiliária continua sendo monitorada.
 
Confira os principais índices às 7h50:
 
IFIX [+1,24%]
 
ÁSIA
Nikkei 225 [+1,89%]
S&P/A SX 200 [+0,95%]
Hang Seng [+2,72%]
Shanghai [+0,16%]
 
EUROPA
DAX [+2,11%]
FTSE 100 [+1,20%]
CAC 40 [+2,26%]
SMI [+0,77%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [-7,09%]
US 2000 [+1,78%]
US Tech 100 [+1,77%]
US 500 [+1,31%]
 
COMMODITIES
Ouro [+2,60%] US$ 1.782,05
Prata [+0,70%] US$ 22,418
Cobre [+1,21%] US$ 4,3900
Petróleo WTI [+2,94%] US$ 71,53
Petróleo Brent [+2,38%] US$ 71,52
Minério de ferro futuro [+2,22] US$ 103,74