O principal índice da Bolsa de Valores brasileira encerrou a sessão com alta de 1,01% nesta quinta-feira (20), retomando os 109 mil pontos pela primeira vez desde outubro do ano passado. Os investidores ficaram atentos às notícias de Brasília, com afirmações do presidente, Jair Bolsonaro (PL), sobre um projeto para diminuir os valores dos combustíveis e da eletricidade e uma possível aliança entre Lula e Alckmin nas eleições deste ano. Além disso, o mercado acompanhou o alívio das bolsas após temores fiscais.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou que vai apresentar uma PEC para reduzir os preços dos combustíveis e da energia elétrica quando o Congresso retornar do recesso, no dia 2 de fevereiro. O candidato comentou que a proposta está “praticamente pronta”, mas preferiu não entrar em mais detalhes.
“Reconheço a inflação de alimentos, reconheço a alta do combustível, falo de um porquê. Fora do ar aqui falava-se de uma proposta que poderíamos enviar ao Congresso que mexe com combustível, sim, existe essa proposta, não quero entrar em detalhes. Ela vai ser apresentada no início do ano e nós procuramos reduzir carga tributária”, afirmou Bolsonaro.
Atento às notícias de Brasília, o mercado vem acompanhando uma possível aliança entre o ex-presidente Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) para a candidatura à presidência nas eleições deste ano. O petista chegou a afirmar que “não via problema algum” em formar uma chapa com o tucano. Os dois partidos solicitaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um prazo maior para as agremiações apresentarem suas solicitações de federação.
De acordo com a Folha de S. Paulo, impasses regionais impedem avanço da federação dos dois partidos.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse acreditar que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está perto do pico e, provavelmente, se manterá estável. O economista também alertou que o aumento da inflação de serviços é “motivo para preocupação” e é algo que o BC precisa “olhar de perto”.
Além disso, Campos Neto afirmou que a chegada da Ômicron no Brasil causou “poucos problemas para a economia”. O presidente do BC comentou que a nova variante da covid-19 provocou interrupção na produção, mas “nada grande” até aqui. Segundo ele, os impactos da nova cepa ainda precisam ser analisados com mais profundidade com o decorrer da curva de infecções.
O economista, porém, disse ver problemas persistentes de gargalos na economia, que estariam sendo causados, principalmente, pela forte demanda e não por uma escassez de oferta.
Nos Estados Unidos, as bolsas encerraram em queda, após passar a maior parte da sessão no cenário positivo. Os investidores acompanharam a divulgação de dados econômicos.
Os pedidos iniciais por seguro-desemprego ficaram em 286 mil em semana finaliza no dia 15 de janeiro, ante ao consenso de 220 mil
As vendas de casas usadas atingiram 6,18 milhões em dezembro, ficando abaixo da previsão do mercado de 6,44 milhões em vendas.
Na Europa, as bolsas encerraram em terreno positivo, em alívio após temores fiscais. O Banco Central Europeu (BCE) afirmou que as restrições impostas pela pandemia ainda pesam na economia e que, como nos EUA, a falta de mão de obra e os gargalos na cadeia de produção preocupam.
Além disso, a entidade disse que há “motivos plausíveis” para não reagir tão vigorosamente quanto o Federal Reserve dos EUA à alta da inflação ao consumidor.
“Estamos em situações muito diferentes”, afirmou e completou que o aumento dos índices de preços é “claramente mais fraco” na Zona do Euro e a recuperação econômica no bloco não está tão avançada quanto nos Estados Unidos.
O índice de preços ao consumidor (CPI) na zona do euro subiu 5,0% em dezembro, em base anual, acelerando-se em relação à alta de 4,9% em novembro, de acordo com o Escritório de Estatísticas da União Europeia (UE).
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,51%, a 483,35 pontos, com destaque para os setores de lazer e viagens.
Ibovespa
O benchmark encerrou com ganhos de 1,01% na sessão, aos 109.101 pontos. O volume negociado atingiu R$ 32 bilhões.
5 maiores altas do Ibovespa
BIDI11 [+13,16%]
CVCB3 [+10,47%]
PETZ3 [+9,71%]
SOMA3 [+9,19%]
RENT3 [+8,59%]
5 maiores quedas do Ibovespa
CRFB3 [-2,59%]
SUZB3 [-2,49%]
GOAU3 [-1,73%]
VALE3 [-1,70%]
RRRP3 [-1,59%]
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários da B3 (IFIX) encerrou a sessão com queda de 0,09%, aos 2.804 pontos.
5 maiores altas do IFIX
BLMG11 [+2,54%]
CPFF11 [+1,73%]
GGRC11 [+1,55%]
HSAF11 [+1,18%]
BLMR11 [+1,16%]
5 maiores quedas do IFIX
VIFI11 [-3,02%]
BRCO11 [-2,21%]
JSRE11 [-2,01%]
XPML11 [-1,80%]
RBFF11 [-1,53%]
Dólar
A moeda norte-americana recuou 0,90%, a R$ 5,416 na compra e 5,417 na venda.
Índice pela tarde
Às 17h (horário de Brasília) o índice tinha valorização de 1,45% aos 109.587 pontos. O dólar apresentava baixa de 0,90%, a R$ 5,41.
Às 14h52 (horário de Brasília) o principal benchmark da bolsa registrava avanço de 1,68% aos 109.829 pontos. O dólar recuava 1,18%, a R$ 5,40.
Índice ao meio-dia
Às 12h30 (horário de Brasília) o Ibovespa disparava uma alta de 1,14%, aos 109.244 pontos. O dólar caía 0,81%, a R$ 5,42.
A bolsa de valores brasileira mantém ritmo de alta, ensaiado na véspera, em linha com mercado externo, impulsionada por ações descontadas, que voltam a ganhar força neste início de ano.
Papéis ligados à economia local e mais sensíveis à curva de juros se destacam na sessão.
As ações do Bando Inter (BIDI11) apresentavam melhor desempenho dentre as altas do pregão, com forte salto de 11,47%, a R$ 25,08.
Em contrapartida, os papéis ordinários da Suzano refletiam a maior perda da sessão ao meio dia, com recuo de 1,99%, a R$ 60,62.
O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), negociado na B3, tinha leve alta de 0,07%, aos 2.809 pontos.
O ativo SPTW11 liderava a sessão com melhor desempenho ao registrar avanço de 1,97%, a R$ 45,59.
Já o fundo VIFI11 se destacava negativamente ao atingir maior perda, com recuo de 1,36%, a R$ 78,81
Como foi a abertura do Ibovespa?
O principal índice da bolsa de valores brasileira, Ibovespa, iniciou a sessão desta quinta-feira (20) em alta de 0,41%, aos 108.461 pontos. O dólar recuava 0,61%, a R$ 5,43.
Nesta manhã o mercado acompanhou a divulgação do Índice de preços ao consumidor da zona do euro que registrou uma alta de 5% em dezembro, em base anual, acelerando-se em relação à alta de 4,9% em novembro.
Na agenda econômica da manhã desta quinta, está presente no radar a realização do tradicional leilão de títulos, feito pelo Tesouro Nacional. Enquanto que pela tarde, a atenção dos investidores deve se voltar ao discurso do presidente do Banco Central em evento. O mercado aguarda que o presidente da autarquia monetária brasileira revele suas expectativas sobre o rumo da taxa básica de júros.
Confira a abertura do Ibovespa na íntegra.
Pré-abertura da Bolsa
A sessão desta quinta-feira (20) é mista para as principais bolsas mundiais, com os futuros norte-americanos registrando leves altas após sell-off na véspera, a Europa em baixa e a Ásia com a maior parte dos seus mercados em alta.
Nos Estados Unidos, as bolsas estão em ritmo de recuperação após um pregão conturbado. Na quarta-feira, o Nasdaq registrou queda de 1,15%, o Dow fechou em queda de 0,9% e o S&P perdeu 0,9%.
As ações continuam sendo afetadas pela contínua elevação do rendimento de títulos do Tesouro estadunidense (Treasuries) com vencimento em dez anos. No início do ano, o rendimento estava em 1,5%, na véspera ele chegou a 1,9%.
Confira a pré-abertura do mercado aqui.