O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou o pregão desta quinta-feira (6) em leve queda, com os investidores no aguardo da decisão sobre os juros dos EUA do Fed (Federal Reserve) e no balanço do terceiro trimestre da Petrobras (PETR4).
Além disso, o mercado ainda reage à decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) na quarta-feira (6). O comitê elevou a Selic em 0,25 p.p, levando a taxa a 11,25% ao ano (a.a.). A decisão foi unânime e já era esperada por especialistas, visto que a inflação brasileira está acima da meta de 3% do BC, ao passo que a economia segue aquecida.
Investidores também aguardam ansiosos o pacote fiscal, que será fechado nesta quinta-feira (7), de acordo com Fernando Haddad. O ministro e o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) iniciaram uma reunião às 09h30 (horário de Brasília).
Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o índice apresentava avanço de 0,30%, aos 130.732,59 pontos.
O dólar comercial, por sua vez, seguia uma performance no sentido contrário, com recuo de 0,57%, cotado a R$ 5,6469.
As eleições dos EUA também movimentam o Ibovespa. O republicano Donald Trump voltará à Casa Branca em janeiro, após levar mais de 270 delegados e derrotar Kamala Harris, aposta dos democratas.
Detalhes do que concentra as atenções do Ibovespa
O consenso entre os investidores é de que o Fed (Federal Reserve) deve cortar em 0,25 ponto percentual (p.p.) a taxa de juros dos EUA na quinta-feira (7).
Porém, já crescem as apostas de que o banco central norte-americano poderá manter os juros inalterados na reunião de dezembro, isto por conta da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais.
Os projetos do governo trumpista são vistos como potencialmente inflacionários, já que indica uma política de tarifas agressivas.
As indicações do novo presidente durante a campanha é de que pretende elevar as tarifas para importações chinesas para até 60% e 10% a 20% para o resto do mundo, inclusive países aliados.
Uma ferramenta do grupo CME apontou que as apostas de um corte de 0,25 p.p. em dezembro estavam em 22% até terça-feira (5) e saltaram para 33% nesta quarta-feira (6).
No entanto, as maiores apostas ainda são em um corte de 0,25 ponto, embora elas tenham recuado de 77% para 66% de um dia para o outro.
Em relação ao balanço da Petrobras (PETR4), de um lado, espera-se que os resultados sejam beneficiados pelo aumento da produção de petróleo. Por outro lado, o cenário internacional de volatilidade nos preços da commodity e o impacto do câmbio podem limitar os ganhos.
No que diz respeito aos dividendos da companhia, espera-se que a política de distribuição permaneça forte, com previsão de aproximadamente US$ 2,9 bilhões, o que pode elevar o valor das ações no mercado.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,20%
S&P 500 Futuro: +0,19%
Nasdaq Futuro: +0,26%