Abertura do mercado

Ibovespa abre no azul em dia de prévia da inflação; dólar sobe

O BC estreiou o RPM que revisou para baixo sua projeção de crescimento econômico do Brasil para 2025

Ibovespa abre no azul em dia de prévia da inflação; dólar sobe

O Ibovespa, principal índice do mercado de ações nacional, a B3, iniciou o penúltimo pregão da semana com ritmo de ganho, ao passo que o mercado assimila os dados economicos nacionais e internacionais.

Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcador apresentava um desempenho positivo de 0,20%, aos 132.778 pontos.

O dólar comercial seguia o mesmo sentido do índice, quanto valorizava 0,51%, cotado a R$ 5,76.

O dia está repleto de fatores que podem movimentar o mercado. A começar pela estreia do Relatório de Política Monetária (RPM), pelo BC (Banco Central) uma versão atualizada do antigo Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

A mudança ocorre em função da adoção do novo regime de meta contínua de inflação, que entrou em vigor em 1º de janeiro.

No documento divulgado, o BC revisou para baixo sua projeção de crescimento econômico do Brasil para 2025, agora estimando uma alta de 1,9%, frente aos 2,1% previstos em dezembro. O relatório também sinaliza que a inflação seguirá acima do teto da meta ao longo deste ano.

Pouco depois foi diuvlgado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, subiu 0,64% em março. Com uma alta de 1,23% em comparação a fevereiro, o aumento veio principalmente de alimentação e bebidas. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Além dos indicadores, um outro fator que deve chamar atenção durante o pregão são as tarifas impostas por Donald Trump sobre carros importados, anunciadas ontem (26).

A medida pode gerar repercussões significativas, especialmente por conta de possíveis retaliações por parte da Europa.

Mercado acompanha fala de presidente do BC

Além da divulgação do IPCA-15, o mercado estará atento à entrevista de Gabriel Galípolo e Diogo Guillen, diretor de Política Econômica, marcada para as 11h, onde comentarão o Relatório de Política Monetária, o novo formato que substitui o RTI (Relatório Trimestral de Inflação).

O principal ponto de foco será as projeções do Banco Central para a inflação, especialmente além do horizonte de política monetária, que se estende até o terceiro trimestre de 2026, mas com uma expectativa de que esse período se estenda para o quarto trimestre de 2027.

Luciano Telo, do UBS Global, destacou à AE dois aspectos que merecem mais atenção: as simulações de inflação com o câmbio mais valorizado (a R$ 5,70) e os impactos do aumento do crédito e dos gastos fiscais sobre a atividade econômica.

Ele explicou que essas análises poderão oferecer uma projeção sobre quanto tempo a política monetária precisará permanecer mais restritiva.

EUA

Os índices futuros dos EUA mostram variações mistas nesta quinta-feira (27), refletindo a incerteza gerada pela decisão do presidente Donald Trump de implementar uma tarifa de 25% sobre as importações de automóveis.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,06%

S&P 500 Futuro: -0,05%

Nasdaq Futuro: -0,19%

Bolsas europeias

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam de maneira mista nesta quinta-feira, acompanhando as perdas em Wall Street, à medida que os investidores avaliavam as novas tarifas de 25% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as importações de automóveis.

Shanghai SE (China), +0,15%

Nikkei (Japão): -0,60%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,41%

Kospi (Coreia do Sul): -1,39%

ASX 200 (Austrália): -0,38%

Bolsas europeias

Os mercados europeus estão em território negativo, com os investidores reagindo às novas tarifas automotivas anunciadas por Trump.

No ano passado, as montadoras europeias exportaram cerca de 800.000 veículos para os Estados Unidos, de acordo com dados comerciais oficiais dos EUA, número que é cerca de quatro vezes superior ao volume de carros exportados pelos EUA para a Europa.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,76%

DAX (Alemanha): -1,56%

CAC 40 (França): -1,15%

FTSE MIB (Itália): -1,32%

STOXX 600: -0,99%