Ibovespa sobe no aguardo da "Super quarta"; dólar cai

Com alta de 0,38%, Ibovespa encerrou avançando para os 112 mil pontos

O Ibovespa encerrou esta terça-feira (20) em alta no aguardo de decisões de política monetária nos EUA, com o Fomc, e no Brasil, com o Copom. Ambas reuniões finalizam na quarta-feira, com os anúncios das novas taxas básicas de juros. Dessa forma, o principal índice da bolsa brasileira teve alta de 0,38%, aos 112 mil pontos. O dólar teve queda de 0,26%, a R$ 5,15. 

“Hoje foi um dia de poucas notícias no mercado financeiro internacional, que aguarda amanhã pela decisão do Fed, banco central norte-americano, quanto à próxima alta de juros nos EUA. Às vésperas da decisão do Fomc, a chamada Super Quarta, acredito que a tendência é de alta de 0,75% pelo Federal Reserve, que ainda busca o controle da inflação persistente”, comentou Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital Investimentos.

Aqui no Brasil, segundo Labarthe, o dia foi de uma bolsa de valores atrás de oportunidades, levando o setor bancário a puxar já nos primeiros minutos do dia a alta no Ibovespa. “O setor foi influenciado por um relatório do Morgan Stanley que afirma que os bancos brasileiros de grande capitalização continuam a ver um crescimento de empréstimos de dois dígitos em 2023, impulsionado por pessoas físicas”, apontou o analista. 

Não à toa, as ações do Bradesco (BBDC4) e do Santander (SANB11) fecharam entre os destaques positivos da sessão, subindo, respectivamente, 3,49% e 2,53%. No setor, Itaú (ITUB4) teve alta de 3,11% e Banco do Brasil (BBAS3) avançou 1,24%. 

Ainda entre as maiores altas, Carrefour (CRFB3) subiu 4,16%. Embraer (EMBR3) teve alta de 3,56%. YDUQS (YDUQ3), que foi destaque na véspera com alta de mais de 14% após fala de Lula sobre Fies e Prouni, avançou 3,09%.

Do lado negativo, Labarthe apontou as ações da Rossi Residencial (RSID3), que fecharam em queda de 9,52%, a R$ 2,85. A empresa comunicou ao mercado que entrou com pedido de recuperação judicial na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. As ações chegaram a cair mais de 18% em sua queda mais forte do dia.

No entanto, a maior baixa do pregão desta terça-feira ficou por conta da BRF (BRFS3), que caiu 3,78%. No setor de proteína, Minerva (BEEF3), JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) tiveram queda de, respectivamente, 0,70%, 0,54% e 1,97%. 

Ainda, CSN (CMIN3) teve baixa de 4,26% e Usiminas (USIM5) teve queda de 2,86%, também entre os destaques negativos. No setor de mineração, Vale (VALE3) caiu 1,82% e Gerdau (GGBR4) recuou 1,23%.

CVC (CVCB3) e Ecorodovias (ECOR3) também fecharam entre os maiores perdedores do pregão, caindo, respectivamente, 4,05% e 4,21%. 

No setor de petróleo, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) tiveram direções distintas. PETR3 subiu 0,20% enquanto PETR4 caiu 0,51%. PetroRio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) tiveram alta de, respectivamente, 0,43% e 1,92%. 

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e Via (VIIA3) recuaram 2,19%, 0,75% e 1,55%, respectivamente. 

Na contramão do Ibovespa, as bolsas no exterior, tanto em Wall Street como na Europa, fecharam no vermelho. Nasdaq caiu 0,95%, Dow Jones teve baixa de 1,01% e S&P 500 recuou 1,07%. 

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