O Ibovespa abriu com leve queda no último pregão do mês de outubro. O resultado vem em meio à repercussão de dados econômicos do Brasil e dos EUA, além de mais declarações de autoridades brasileiras que dão sinais vagos sobre o pacote de corte de gastos do governo. O dólar comercial opera estável, a R$ 5,77.
Por voltas das 10h9 (horário de Brasília), o Ibovespa operava com queda de 0,03, aos 130.597,58 pontos.
“O último pregão de outubro deve repetir a cautela dos investidores dos últimos dias. Na Europa, os mercados operam em baixa, e, na Ásia, o movimento também foi negativo”, comentou Mário Mariante, analista-chefe da Planner Investimentos.
No cenário político, no Brasil, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou nesta quinta-feira (31) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará os ajustes necessários para cumprir o arcabouço fiscal, “enquadrando as despesas dentro das regras da meta fiscal”.
O comentário foi feito em uma publicação na rede social X e vem em meio à expectativa de que o governo anuncie em breve um pacote de contenção de gastos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), já afirmou que a pasta econômica chegou a um entendimento com a Casa Civil a respeito das medidas.
O que movimenta o Ibovespa nesta quinta-feira?
No Brasil, investidores repercutem os balanços do terceiro trimestre de 2024 de algumas companhias que foram divulgados após o fechamento do mercado na quarta-feira (30) e nesta manhã.
A Meta (M1TA34) e a Microsoft (MSFT34) apresentaram números que mostraram um aumento de gastos em IA (inteligência artificial), o que gerou certa preocupação entre investidores.
A Amazon (AMZO34), por sua vez, divulgará seu resultado referente ao terceiro trimestre deste ano nesta quinta-feira. É esperado que os números venham em linha com as projeções do mercado. Os balanços de outras empresas também devem ocupar os holofotes neste pregão, como Bradesco (BBDC4), Ambev (ABEV3) e Carrefour (CRFB3).
Além disso, dados econômicos divulgados nesta quinta-feira seguem no radar. A PNAD Contínua, divulgada nesta manhã, registrou uma taxa de desocupação de 6,4% e uma taxa de subutilização de 15,7% no trimestre encerrado em setembro. Essa foi a segunda maior taxa de desocupação da série histórica, iniciada em 2012.
No radar corporativo, a Hypera (HYPE3) anunciou, na véspera, que o grupo NC, controlador da rival EMS, retirou a proposta de combinação de negócios com a empresa.
No cenário político, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quinta-feira (31) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará os ajustes necessários para cumprir o arcabouço fiscal. O tema tem gerado preocupação entre investidores, devido às consequências de uma incerteza fiscal no país.
EUA
Nos EUA, o destaque fica para o indicador de inflação preferido do Fed (Federal Reserve). O PCE (índice de preços de consumo pessoal) avançou 0,2% em setembro, em linha com o esperado. Em agosto, a alta do índice foi de 0,1%.
O núcleo do PCE subiu 0,3% em setembro, também alinhado às expectativas do mercado.
Outro dado econômico dos EUA que recebe atenção nesta sessão são os pedidos iniciais de seguro-desemprego desta semana. As solicitações ficaram em 216 mil, abaixo da expectativa de 229 mil.
Os mercados norte-americanos também devem ser movimentados pelos resultados do terceiro trimestre de 2024 de empresas negociadas na Bolsa.
Índice futuros dos EUA
Dow Jones Futuro: -0,51%
S&P 500 Futuro: -0,84%
Nasdaq Futuro: -1,18%