O avanço dos riscos fiscais no Brasil, com receio de maiores gastos pelo governo e a piora das contas públicas, tem gerado uma deterioração dos ativos nacionais, que pode ser observada através do Ibovespa. Além disso, esses fatores se somam às incertezas sobre a política monetária norte-americana, o que tem paralisado a liquidez dos mercados, especialmente os emergentes.
O Ibovespa, principal índice da B3 (B3SA3), apresenta, até o momento, o pior desempenho em 2024 entre as 20 principais bolsas globais, ao passo que o real é a terceira moeda que mais se desvaloriza em relação ao dólar entre 33 divisas. As informações são do levantamento do “Valor Data”.
Desde o início de 2024 até a última segunda-feira (10), o Ibovespa recuou 10,1% ante a moeda norte-americana. O segundo pior indicador acionário é o IPC, no México, que caiu 7,43% no período. Os outros 18 índices acumulam alta no ano. Já o índice Merval, da Argentina, é o que mais avança em 2024, com valorização de 69,58%, seguido pelo Bist 100, na Turquia, que cresce 33,84%.
Entre as moedas, o real caiu 9,41% ante o dólar, em 2024, ficando atrás do iene japonês e do peso argentino, conforme informações do “Valor”.
Ibovespa sobe em meio à surpresa negativa do IPCA; dólar sobe
O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, a B3, opera em alta e consegue estender os ganhos registrados no início da sessão desta terça-feira (11).
Por volta das 13h31 (horário de Brasília), o índice avançava 0,55%, aos 121.427 pontos
Já o dólar comercial enfrenta instabilidade e passa a subir. Neste mesmo período, a moeda norte-americana avançava 0,04%, cotada a R$ 5,35.
A inflação oficial de maio acelera para 0,46%, atingindo o limite superior das previsões, sugerindo que a Selic poderá permanecer elevada por um período prolongado.
Indicador não responde negativamente à inflação acima do esperado
Apesar do IPCA de maio ter superado as expectativas do mercado, o Ibovespa inicia o pregão desta terça-feira (11) em alta.
A manhã foi marcada por ajustes nos prêmios de risco dos ativos locais, resultando em uma queda significativa nos juros futuros e uma valorização do real frente ao dólar, o que beneficia a bolsa brasileira.
Além disso, os investidores estão ajustando suas posições antes de uma agenda carregada de eventos importantes amanhã, incluindo os dados de inflação ao consumidor nos EUA e a decisão de juros pelo Fed (Federal Reserve).