Próxima semana

Ibovespa terá outra semana volátil, com eleições dos EUA e decisões do Copom e Fed no radar

A semana tem as atenções voltadas para as decisões do Fed e do Copom, em meio aos desdobramentos no cenário econômico após as eleições dos EUA

Foto: Colagem BP Money
Foto: Colagem BP Money

O Ibovespa verá a semana de 4 a 8 de novembro com os holofotes voltados para um dos eventos mais esperados do ano: as eleições presidenciais nos EUA. Os eleitores norte-americanos já estão votando antecipadamente, incluindo o presidente Joe Biden, com as votações presenciais programadas para 5 de novembro.

“A atual corrida para a Casa Branca é excepcional em relação às anteriores devido às plataformas eleitorais dos candidatos, embora as consequências econômicas de cada uma delas possam levar a um mesmo resultado”, disse Leandro Manzoni, analista de economia do Investing.

O resultado ao qual o especialista se refere é o aumento do déficit fiscal e a continuidade da trajetória de alta da dívida pública dos EUA, limitando a capacidade do Fed de reduzir os juros e fortalecer o dólar.

O pleito ocorre numa semana com uma agenda econômica agitada. O Fed (Federal Reserve) realiza sua reunião de dois dias (quarta e quinta-feira) para decidir sobre a política monetária dos EUA.

A decisão sobre a taxa será divulgada às 16h (horário de Brasília) no segundo dia da reunião, seguida pela tradicional coletiva de imprensa de Jerome Powell, presidente do Fed.

No Brasil, um dia antes, será conhecida a nova Selic (taxa básica de juros), anunciada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

Além disso, a temporada de balanços segue firme no Brasil e nos EUA. No mercado brasileiro, os destaques da semana incluem empresas como Magazine Luiza, Petrobras, Eletrobras, Itaú Unibanco, Embraer, Cogna, Yduqs, BB Seguridade, Casas Bahia e Braskem.

Como o mercado se comportou entre 28 de outubro e 1º de novembro

Na semana de 28 de outubro a 1º de novembro o Ibovespa foi marcado por dados econômicos no Brasil e no exterior. No Brasil, a inflação preocupou investidores, com o Boletim Focus prevendo uma inflação de 4,5% para 2024, no limite da meta do governo. Além disso, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu de 4,37% para 4,55% em quatro semanas.

Outro dado relevante foi o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que apontou a criação de 247.818 novas vagas formais em setembro, especialmente nos setores de serviços e comércio.

Apesar do dado positivo, esse avanço pode elevar ainda mais a inflação, complicando a atuação do Banco Central.

Além disso, questões fiscais seguem sendo fonte de preocupação para investidores, intensificadas pelo atraso na divulgação do pacote fiscal pelo Governo Federal.

Nos EUA, o destaque foi o Payroll de outubro. “Na minha visão, decepcionou ao mostrar a criação de apenas 12 mil empregos, muito aquém da expectativa de 100 mil. Esse número reflete, em parte, os efeitos do furacão que atingiu o sul do país e as greves portuárias, que, segundo o Bureau of Labor Statistics (BLS), impactaram negativamente a criação de 44 mil empregos”, declarou Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais.

Ibovespa na semana

  • Segunda-feira (28): +1,02%
  • Terça-feira (29): -0,37%
  • Quarta-feira (30): -0,07%
  • Quinta-feira (31): -0,71%
  • Sexta-feira (1º): -1,23%
  • Semana: -1,36%