Acompanhamento da Bolsa

Ibovespa toca os 133 mil pts com alívio externo; dólar cai

O movimento do índice reflete o otimismo que tomou conta dos mercados internacionais, após recuo de Trump

Foto: Freepik
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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, opera com altas consideráveis durante as primeiras horas da sessão desta quarta-feira (23), enquanto o dia é  marcado por um bom humor do mercado global.

Durante o meio-dia o índice renova a sua máxima intradiária, com salto maior que 2,19%, tocando os 133.318.

Por volta das 12h54 (horário de Brasília) o marcador já tinha reduzido seus ganhos, porém sem perder as alturas, quando apresentava um avanço de 1,75%, aos 132.768 ponto.

Já o dólar comercial seguia o sentido contrário do índice, com números mais modestos, ao passo que recuava 0,32%, cotado a R$ 5,70.

No câmbio, o dólar apresentava desvalorização de 0,71%, sendo cotado a R$ 5,686 por volta das 10h. A queda da moeda americana acompanha a expectativa de que um acordo entre Washington e Pequim possa finalmente aliviar a prolongada disputa comercial. 

Na véspera, Trump declarou que as tarifas finais sobre produtos chineses não serão “tão altas quanto (os atuais) 145%, não chegará nem perto. Mas também não será zero”, em mais um sinal de tentativa de moderação. Já hoje, Guo Jiakun, representante da diplomacia chinesa, reforçou o tom conciliador ao dizer que a porta de diálogo “está escancarada”.

Além do front comercial, outra fala do presidente americano colaborou para o alívio nos mercados: Trump afirmou que não pretende demitir Jerome Powell, atual presidente do Federal Reserve. A declaração ajudou a dissipar temores sobre a autonomia da autoridade monetária norte-americana, o que havia abalado os mercados no início da semana.

Ibovespa decola e acompanha exterior

O Ibovespa apresenta forte alta nesta quarta-feira (23), em um movimento que reflete o otimismo que tomou conta dos mercados internacionais desde a véspera, após o presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizar uma possível flexibilização nas tarifas comerciais aplicadas à China. 

A retomada do apetite por risco ganhou força com a resposta positiva de Pequim, cujo porta-voz afirmou que a porta para negociações com os americanos está “escancarada”.

A melhora no humor dos investidores também encontrou suporte nas ações de peso da bolsa brasileira. 

Os papéis da Vale (VALE3) subiam 2,25%, impulsionados pelo salto no preço do minério de ferro na Bolsa de Dalian. Já as ações da Petrobras apresentavam desempenho positivo, com a ON (PETR3) subindo 0,88% e a PN (PETR4) avançando 1,23%.

EUA

O movimento de recuperação também era observado nas bolsas dos EUA, que mantinham os ganhos do pregão anterior.

O otimismo foi reforçado por reportagem do The Wall Street Journal informando que a Casa Branca estaria avaliando a possibilidade de cortar tarifas aplicadas à China.

Em nota publicada nesta manhã, o economista Derek Holt, do Scotiabank, destacou que “é possível que ele perceba que não deixou nenhuma saída para si mesmo e que errou seriamente a mão”, referindo-se à estratégia anterior de Trump na disputa comercial.

Para Holt, também é “totalmente possível” que o presidente americano “ataque a China novamente” em outro momento.

Cotação dos índices dos EUA:

Dow Jones: +1,36%

S&P 500: +1,87%

Nasdaq: +2,73%