O Ibovespa disparou mais de 4,4% e ultrapassou os 106 mil pontos no início da tarde desta terça-feira (11). Por volta das 15h00 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa de valores brasileira subia 4,42%, aos 106.352 pontos. Já o dólar cai 1,20%, cotado a R$ 5,00. A moeda norte-americana chegou a recuar 1,47%, a R$ 4,991, às 11h20 desta terça (11).
Caso feche com esse desempenho, será o maior ganho percentual em um dia desde 3 de outubro de 2022, quando fechou com salto de 5,5% no dia seguinte ao primeiro turno das eleições no país. O volume financeiro no pregão somava R$ 9,2 bilhões, segundo o portal BR Investing.
O motivo está atrelado à divulgação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), principal dado de inflação brasileira, que veio abaixo do esperado e mostrou uma desaceleração em relação ao mês anterior.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA subiu 0,71% em março, o que mostra uma desaceleração após subir 0,84% em fevereiro. Com o resultado, agora somam-se seis meses seguidos de alta.
O setor de varejo se beneficiou com a notícia mais favorável sobre a inflação. O Magazine Luiza (MGLU3) dispara 14,93%, a R$ 3,85. Já a Lojas Renner (LREN3) avança 10,80%, a R$ 17,13, enquanto que o Grupo Soma (SOMA3) avança 9,01%, a R$ 8,35.
Quem também sobe muito na sessão é a Hapvida (HAPV3), que avança 8,09%, a R$ 2,54.
Seguindo o viés positivo no setor de consumo, com movimento reforçado pela forte queda do dólar em relação ao real, as ações da Gol (GOLL4) avançam 14,66%, a R$ 6,96. Já a Azul (AZUL4) valoriza 12,42%, a R$ 12,13.
IPCA desacelera para 0,71% em março, abaixo do esperado
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) desacelerou em 0,71% em março, após subir 0,84% em fevereiro, e soma agora seis meses seguidos de alta, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta terça-feira (11).
O IPCA acumula alta de 4,65% nos últimos 12 meses. Neste ano, a inflação acumula evolução de 2,09%.
Os números divulgados pelo IBGE ficaram abaixo da expectativa do do consenso Refinitiv que previa inflação de 0,77% no mês e de 4,70% na comparação anual.
O destaque ficou para o setor de Transportes, com maior impacto (0,43 pp) e variação (2,11%). Logo após, vieram Saúde e cuidados pessoais (0,82%) e Habitação (0,57%), que desaceleraram em relação a fevereiro, contribuindo com 0,11 p.p. e 0,09 p.p., respectivamente. Artigos de residência (-0,27%), que teve alta de 0,11% em fevereiro, foi o único grupo pesquisado a registrar queda este mês.