Queda

Ibovespa: Volume financeiro é o mais baixo desde 2019

Por enquanto, a tendência de giro fraco parece se reforçar no início de junho, com volumes de R$ 15,42 bilhões na segunda e de R$ 15,53 bilhões na terça

Ibovespa / B3 (Bolsa de valores)
B3 (Bolsa de valores) / Foto: Divulgação

As incertezas globais e locais, que têm afastado investidores e penalizado o desempenho da bolsa, fizeram com que o Ibovespa registrasse, entre janeiro e maio, o volume financeiro mais baixo desde 2019.

De acordo com o Valor Data, o índice teve um volume diário médio de R$ 17 bilhões nos cinco primeiros meses deste ano.

No mesmo período de 2019, foram registrados R$ 12,4 bilhões.

Em 2020, esse número subiu para R$ 19,9 bilhões, alcançando R$ 25,1 bilhões em 2021, R$ 22,7 bilhões em 2022 e R$ 18,6 bilhões no ano passado, sempre no intervalo de janeiro a maio.

Ibovespa: JBS (JBSS3) lidera ganhos e IRB (IRBR3) lidera perdas de maio

Para o setor de frigoríficos o mês de maio teve resultado excepcional. A JBS (JBSS3) liderou os ganhos do Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, valorizando 23,29%. 

Logo depois veio a Marfrig (MRFG3), com avanço de 19,37% no período, enquanto o terceiro lugar foi ocupado pela Vamos (VAMO3), subindo 13,50%, e a BRF (BRFS3) alcançou o 4º lugar, valorizando 11,49%. 

De modo geral, o Ibovespa caiu 3,04% em maio, um resultado sem grandes surpresas, visto que o índice tem enfrentado baixas recorrentes. Isto por uma série de fatores que quebraram as expectativas do mercado para um bom desempenho da Bolsa brasileira este ano, até agora.

ntre eles, o fato do BC (Banco Central) ter mudado a postura quanto ao corte de juros, lançando a percepção de que haverá menos cortes que o previsto na Selic (taxa básica de juros). 

Além disso, as empresas cujas atividades estão mais ligadas ao Rio Grande do Sul já conseguem sentir o início dos prejuízos após as enchentes que destruíram diversas cidades.

A divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2024 da JBS foi a principal razão para o acúmulo de ganhos em maio, de acordo com o “Valor”.

“O resultado veio 1,2% acima das nossas projeções em termos de Receita líquida e uma margem EBITDA consideravelmente acima de nossas expectativas (+1,5 ponto percentual), que já estavam 0,4p.p. acima do que o mercado projetava. Atribuímos a melhora de margem nos segmentos da Seara e USA Pork como os dois maiores percursores para um resultado acima do consenso”, disse Igor Guedes, analista de frigorífico da Genial Investimentos.