A XP Investimentos elevou a projeção para o Ibovespa no fim do ano de 145 mil para 147 mil pontos, o que representa um potencial de valorização de 15% em relação ao fechamento de julho, dada as revisões positivas de lucros recentes.
Em termos micro, os fundamentos das empresas permanecem saudáveis no Brasil, com as estimativas de LP (lucro por ação) sendo revisadas para cima pelo consenso, avalia a equipe. No nível setorial, a maioria das empresas cobertas pela XP têm visto revisões positivas de LPA.
“Destacamos os setores de Papel & Celulose, Óleo & Gás e Mineração & Metais, favorecidos pelo real mais fraco. Outros setores domésticos, como Alimentos & Bebidas, Construtoras e Elétricas & Saneamento, também estão tendo fortes revisões”, avaliou a XP.
Embora ainda esteja no início da temporada de resultados do segundo trimestre, as expectativas são mais positivas, após uma temporada melhor do que o esperado no primeiro trimestre.
“Com base nas últimas prévias de nossa cobertura, nossos analistas estimam, em média, um crescimento de dois dígitos do Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, em relação ao 2T23”, apontou o relatório.
XP analisa Ibovespa em julho
A XP ainda faz uma retrospectiva do mês anterior, com o Ibovespa fechando com alta de 3,0% em reais e 1,6% em dólares, enquanto a maioria dos índices globais de ações encerrou o mês em território negativo. De acordo com a XP, em julho, o desempenho foi impulsionado pela a melhora do sentimento do mercado.
Apesar do resultado positivo, o julho foi dividido em duas fases distintas, com aumento da volatilidade levando a um comportamento de mercado muito diferente na primeira e segunda metades do mês.
Olhando setor por setor, segundo os analistas, nomes defensivos continuaram a ter desempenho melhor em relação aos cíclicos, com destaques para Saneamento, Bens de Capital e Transporte, enquanto Papel & Celulose teve performance fraca.