Mercado

IGP-10 sobe 0,52% em novembro, mesma variação de outubro, diz FGV

Índice acumula queda de -4,16% no ano e de -3,81% em 12 meses; produtos agropecuários mantiveram indicador em alta no mês

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou um aumento de 0,52% em novembro, mantendo-se estável em relação à variação de 0,52% registrada em outubro, conforme divulgado pela Fundação Getúlio Vargas nesta sexta-feira (17). Com esse resultado, o índice acumula uma variação de -4,16% no ano e de -3,81% nos últimos 12 meses. Em novembro de 2022, o índice havia registrado uma queda de 0,59% no mês, enquanto acumulava um aumento de 5,5% nos últimos 12 meses.

Conforme observado por André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV/Ibre, apesar da estabilidade na taxa de variação, o índice ao produtor apresentou um aumento nos preços dos produtos agropecuários (passando de -1,41% para 0,65%) e uma desaceleração nos preços dos produtos industriais (de 1,34% para 0,58%).

“Na esfera agrícola, observou-se crescimento nas taxas de variação das lavouras temporárias (de -0,40% para 0,35%), lavouras permanentes (de -2,06% para 1,74%) e pecuária (de -3,13% para 0,90%). Esses movimentos explicam a aceleração da taxa no grupo Alimentação (de -0,61% para 0,40%) componente do Índice de Preços ao Consumidor”, afirmou Braz em nota.

IPA

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou uma variação de 0,60% em novembro, mantendo-se praticamente estável em comparação com a variação de 0,61% observada em outubro. Ao analisar os estágios de processamento, destaca-se a mudança nos preços dos Bens Finais, que passaram de -0,04% em outubro para 0,13% em novembro.

A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -5,20% para 0,81%.

O índice referente a Bens Finais (ex), que desconsidera os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, apresentou uma variação de 0,27% em novembro. No mês anterior, a taxa havia registrado um aumento de 0,36%.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,99% em outubro para 0,97% em novembro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 4,32% para 2,62%.

O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,65% em novembro, ante 0,37%, no mês anterior.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas apresentou uma variação de 0,65% em novembro, reduzindo-se em relação ao índice de 0,84% registrado em outubro. As principais contribuições para essa diminuição provieram dos seguintes itens: minério de ferro (de 7,31% para 0,82%), cana-de-açúcar (de 2,48% para 0,23%) e arroz em casca (de 5,88% para 2,35%).

No sentido contrário, de alta, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens: bovinos (de -0,16% para 6,34%), mandioca/aipim (-5,38% para 5,50%) e café em grão (-1,48% para 3,57%).

IPC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,39% em novembro, acelerando ante os 0,25% observados em outubro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (de -0,61% para 0,40%), Educação, Leitura e Recreação (2,10% para 2,93%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,02% para 0,44%), Vestuário (0,04% para 0,22%) e Despesas Diversas (0,00% para 0,13%).

Os principais fatores que impulsionaram esse movimento foram os seguintes itens: hortaliças e legumes (de -3,23% para 4,51%), passagem aérea (de 13,96% para 17,37%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,77% para 0,77%), tecidos e armarinho (-0,08% para 0,36%) e alimentos para animais domésticos (-0,12% para 1,41%).

Em contrapartida, os grupos Transportes (de 0,44% para -0,21%), Habitação (0,39% para -0,06%) e Comunicação (0,09% para -0,06%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.

Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: gasolina (0,89% para -1,48%), aluguel residencial (1,23% para -0,96%) e tarifa de telefone residencial (0,00% para -0,44%).

INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,18% em novembro, desacelerando ante os 0,36% do mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (0,25% para 0,00%), Serviços (0,88% para 0,23%) e Mão de Obra (0,43% para 0,42%).

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