O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou nesta sexta-feira (5), o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) que apresentou uma taxa de inflação de 0,45% no mês de setembro.
Nesse sentido, acima da mediana das estimativas de consultorias e instituições financeiras, de 0,32% de aumento, com intervalo das projeções entre 0,16% e 0,47% de elevação.
Em agosto, o índice registrou um aumento de 0,05%. Com o desempenho de setembro, o IGP-DI acumula uma queda de 4,88% no ano e uma diminuição de 5,34% nos últimos 12 meses. Em setembro de 2022, a variação havia sido de -1,22%, e o índice acumulava um aumento de 7,94% em 12 meses.
“Nesta edição do IGP-DI, os três índices componentes apresentaram aceleração em suas taxas de variação. Em relação à inflação ao produtor, apesar da desaceleração do ritmo de aumento dos preços do Diesel (de 13,29% para 11,00%) e da gasolina (de 8,36% para 7,23%), os combustíveis ainda tiveram uma influência significativa sobre o resultado do IPA.
No cenário do consumidor, a gasolina foi a principal influência, com um aumento de 2,62%, em comparação com 1,24% na última apuração. Quanto ao INCC, vale destacar os serviços, que registraram um aumento de 0,52%, em contraste com os 0,25% registrados em agosto”, afirmou André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre, em comentário no relatório.
Dados do relatório
Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) subiu 0,51% em setembro. No mês anterior, o índice tinha avançado 0,10%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais passou de baixa de 0,22% em agosto para queda de 0,21% em setembro.
O impacto mais expressivo para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados (-0,81% para -0,32%). A taxa do grupo Bens Intermediários foi de 0,58% em agosto para 1,48% de alta em setembro. O principal responsável por esta alta foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura (-1,16% para 0,28%).