Mercado

IGP-M cai 0,27% em novembro, puxado por inflação ao consumidor

Preços ao produtor caíram 0,47% na prévia do mês, quando índice do consumidor subiu 0,22% na leitura preliminar

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou, nesta sexta-feira (10), uma queda de 0,27% na primeira prévia de novembro, após um recuo de 0,30% na mesma leitura de outubro.

Segundo os dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a queda foi impulsionada por mais um recuo na margem do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), registrando uma redução de 0,47%, em comparação com a queda de 0,44% no mesmo período de outubro.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) registrou um aumento de 0,22% nesta análise, revertendo a queda de 0,06% observada na primeira prévia do mês anterior.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) apresentou uma desaceleração, passando de um aumento de 0,23% para 0,18%.

PIB de 2021 é reduzido e IBGE diz que o país cresceu 4,8%

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revisou o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2021. O IBGE disse que a economia cresceu 4,8% e não os 5% estimados anteriormente. Em valores correntes, o PIB brasileiro foi de R$ 9 trilhões e o PIB per capita, de R$ 42.247,52. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais do IBGE.

De acordo com o IBGE, a revisão se deve, principalmente, à “incorporação de novos dados sobre as atividades de serviços, disponibilizados pela Pesquisa Anual de Serviços (PAS)”.

“O crescimento dos serviços foi revisado de 5,2% para 4,8%, com destaque para a revisão na atividade transporte, armazenagem e correio (de 12,9% para 6,5%). O crescimento da indústria foi revisado para cima, de 4,8% para 5%, enquanto a agropecuária foi revisada de 0,3% para 0%”, explicou o IBGE.

“A retomada dos serviços presenciais paralisados em 2020, incluindo viagens e entretenimento, explicam parte do crescimento. Outra parte deveu-se ao crescimento de determinados segmentos da indústria, como os de veículos e máquinas e equipamentos, e ao crescimento da construção”, afirma Cristiano Martins, gerente de bens e serviços de Contas Nacionais do IBGE.

Em 2021, segundo o instituto, 11 dos 12 grupos de atividades econômicas registraram crescimento ou estabilidade, com destaque para informação e comunicação (13,9%) e construção (12,6%).

As despesas de consumo final, que incluem o consumo das famílias, cresceram 3,3% em 2021. Só o consumo das famílias, que representa mais de 60% do PIB, aumentou 2,9%.