Imposto de Renda: Receita Federal muda sistema; confira

A informação de pendência aparecerá para os contribuintes que eram obrigados a declarar o imposto neste ano, e não fizeram

O serviço  “Meu Imposto de Renda”, está disponível a partir desta sexta-feira (7), na página da Receita Federal e no aplicativo. A ferramenta mostra se o contribuinte deve alguma declaração do Imposto de Renda para Receita.

Dessa forma, a informação de pendência aparecerá para os contribuintes que foram obrigados a declarar o imposto neste ano, ou em anos anteriores, mas não fizeram. No Meu Imposto de Renda, o contribuinte, além de visualizar o motivo da omissão, poderá fazer a declaração em atraso, utilizando as informações da pré-preenchida.

De acordo com o Ministério da Fazenda, “essa inovação fornecerá informações importantes sobre a omissão da Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF), permitindo uma compreensão mais clara das circunstâncias envolvidas”.

O supervisor nacional do Imposto de Renda, José Carlos da Fonseca,  destaca que “essa nova funcionalidade representa um avanço na consolidação dos serviços do IRPF na solução Meu Imposto de Renda”.

Restituição do imposto de renda: onde investir?

De acordo com a Receita Federal, o crédito contemplará mais de 4 milhões de contribuintes e soma cerca de R$ 7,5 bilhões em pagamentos, uma média de R$ 1.829 por indivíduo. Com a entrada de uma grana extra, a pergunta que fica é: o que fazer com essa restituição do IR? 

Em entrevista ao BP Money, Jamberly Mattos, CEO do Instituto Leandro Rosadas, afirmou que esse dinheiro extra pode representar uma ótima oportunidade para criar uma reserva financeira.

“Caso a pessoa não tenha uma reserva financeira, é recomendável que esse dinheiro seja investido em títulos que tenham garantia, que sejam seguros e tenham uma rentabilidade diária. Títulos do Tesouro Direto ou CDBs que paguem pelo menos 100% do CDI podem ser uma boa pedida”, disse Mattos.

Para quem já possui uma reserva financeira e busca investir em ativos “mais arriscados”, Bruno Rocio, assessor de investimentos da Raro Investimentos, recomenda que essa restituição do IR seja alocada em ações do setor imobiliário e do varejo. De acordo com o especialista, esses setores tendem a se beneficiar de um ciclo de corte da taxa de juros, que poderá acontecer a partir do segundo semestre deste ano, segundo estimativas do mercado financeiro.

“Se a ideia é investir em ações, o ideal seria escolher empresas que se beneficiem de uma eventual queda na taxa de juros como, por exemplo, setor imobiliário ou de varejo, que acabam aquecendo com um aumento da oferta de crédito por conta das menores taxas”, argumentou Rocio.

Para além dos setores imobiliário e varejista, João Bertelli, sócio da A7 Capital, também cita os setores industrial e de construção civil como ótimas oportunidades de investimento, reiterando que as ações dos setores mais sensíveis aos juros estão atrativas para aplicar a reestituição do Imposto de Renda.