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Índice de confiança dos consumidores nos EUA cai em outubro

Apesar disso, o dado veio ligeiramente acima das expectativas médias do consenso Refinitiv, que projetavam um índice de 100,0

O Índice de Confiança do Consumidor nos EUA medido pelo The Conference Board apresentou uma queda pelo terceiro mês consecutivo em outubro, dos 104,3 revisados de setembro para 102,6 neste mês. 

Apesar disso, o dado veio ligeiramente acima das expectativas médias do consenso Refinitiv, que projetavam um índice de 100,0.

De acordo com a pesquisa, o subíndice da situação atual recuou de 146,2 para 143,1 e o indicador de expectativas recuou de 76,4 para 75,6. Assim, o índice de expectativas ainda está abaixo de 80, nível que historicamente sinaliza uma recessão no próximo ano.

A pesquisa também revelou que a apreensão dos consumidores em relação a uma iminente recessão permanece alta, alinhando-se com a previsão do Conference Board de uma possível e breve desaceleração econômica no primeiro semestre de 2024.

Segundo Dana Peterson, economista chefe do The Conference Board, os consumidores mantiveram sua inquietação em relação ao aumento dos preços em geral, com uma atenção especial para os custos dos alimentos e da gasolina. Além disso, eles demonstraram preocupações sobre o cenário político e o aumento das taxas de juros.

“As preocupações em torno da guerra e conflitos também aumentaram, no meio da recente turbulência no Médio Oriente. O declínio na confiança do consumidor foi evidente entre os agregados familiares com 35 anos ou mais, e não se limitou a qualquer grupo de rendimento”, disse Peterson.

A média das projeções de inflação para os próximos 12 meses registrou um aumento em outubro, atingindo 5,9%, após ter permanecido inalterada em 5,7% nos três meses anteriores.

EUA: pedidos de seguro-desemprego aumentam acima da expectativa 

Os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos totalizaram 210 mil, representando um aumento de 10 mil em relação à semana anterior, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Trabalho na manhã desta quinta-feira (26). O número é referente à semana passada, encerrada no dia 21 de outubro. Essa cifra superou as expectativas dos analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que projetavam 207 mil solicitações.

O aumento dos pedidos de seguro-desemprego sugere uma desaceleração no mercado de trabalho norte-americano, o que, por sua vez, pode impactar o poder de compra da população. Isso é relevante para a avaliação do cenário da inflação no país, uma vez que a demanda desempenha um papel crucial na formação de preços.

Diante desse panorama, o mercado pode interpretar que a economia requer menos elevações nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, que tem se concentrado em controlar a inflação no país.

A média móvel de quatro semanas dos pedidos de seguro-desemprego foi de 207.500, uma queda de 1.200 em relação à média da semana anterior.

Além disso, os pedidos contínuos referentes à semana encerrada em 14 de outubro aumentaram em 63 mil em comparação com a semana anterior, totalizando 1,790 milhão. A média móvel de quatro semanas desses pedidos avançou 31.250, chegando a 1,723 milhão, com base nos dados revisados fornecidos pelo Departamento do Trabalho.