Incerteza global

Índice do medo atinge maior patamar desde a pandemia

O Índice VIX, conhecido em Wall Street como o índice do medo, apresentou crescimento nesta segunda-feira

FOnte: Freepik
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O Índice VIX, conhecido em Wall Street como o índice do medo, apresentou crescimento nesta segunda-feira (07). O medidor chegava aos 47,68 pontos as 9h52 (horário de Brasília), uma alta de 5,80% e atingiu o maior valor desde a pandemia de covid-19.

O índice chegou a operar perto dos 60 pontos perto das 2h da manhã, valor que não era visto desde a crise do subprime nos EUA em 2008. A guerra tarifária empreendida pelo presidente norte-americano Donald Trump fez com que mercados despencassem nos dois dias após o anúncio das tarifas na quarta-feira (02).

Normalmente, valores acima de 30 pontos são sinais de cautela para o mercado e indicam períodos de grande incerteza, o que reforça o sinal ligado nesta manhã. A ausência de novas orientações pelo governo deixou investidores preocupados e causou derretimento de bolsas na última sexta-feira (05).

Na Ásia, o Índice MSCI mede o desempenho do mercado de empresas de grande e médio porte com presença global e em países desenvolvidos e teve queda de mais de 8% no pregão desta segunda-feira. O Hang Seng, a bolsa de valores de Hong Kong, caiu 13,8% entrando em zona de bear market (quedas sucessivas de mercado).

Índices causam pausa no mercado

O Índice Nikkei de Tóquio, caiu 7,83%, recuando para o menor nível em 18 meses, causando um “circuit breaker” (suspensão das atividades devido à queda brusca), após o marcador ultrapassar uma desvalorização de 8%. Na China continental, o índice Xangai composto recuou 7,34%.

Segundo informações do jornal Valor Econômico, autoridades chinesas afirmaram que estão preparadas para lidar com as tarifas dos EUA. O governo chinês destacou que fará esforços extraordinários para impulsionar o consumo domésticos e tomar medidas concretas.

O banco central chinês sinalizou que pode cortar as taxas de juros a qualquer momento, caso a situação exija. O aumento da volatilidade reacende apostas sobre a atuação do Fed que assegurou estar atento a quaisquer movimentações causadas pelo impacto das tarifas na inflação norte-americana.