A Indie Capital, gestora de recursos fundada em 2011 que visa investir em ações de empresas de capital aberto com atuação no território brasileiro, divulgou na manhã da última sexta-feira (10) a sua atualização mensal referente ao mês de agosto de 2021.
Desempenho do fundo no mês de agosto
Em mais um mês difícil para todos os investidores, a Indie teve um resultado negativo, mas que não alterou a confiança dos gestores em seus ativos.
Destaques positivos do mês
Como sempre é feito na call de reportagem de resultados, os membros da Indie ressaltaram as empresas que tiveram bons resultados no mês. Entre elas, foram destacadas 2 em específico: a PetroRio teve um resultado agradável após um bom resultado no 2º trimestre e a crescente confiança dos investidores no potencial da companhia. Outra empresa que registrou um ótimo mês de agosto foi a Kora Saúde, após o seu IPO (no qual a Indie entrou).
Destaques negativos
Foram citados também os destaques negativos do fundo da Indie Capital, sendo eles a Tenda (devido à inflação nos materiais de construção), a Méliuz (resultados abaixo das expectativas) e Unidas.
– Tese: Méliuz (CASH3)
Como de costume, a Indie trouxe a tese de uma empresa na qual o fundo investe. Nesse mês a empresa escolhida foi a Méliuz, negociada na B3 sob o ticker CASH3.
A Méliuz é uma companhia mineira fundada em 2011 que surgiu com o intuito de popularizar o Cashback no país.
Funcionamento do Cashback
O funcionamento do cashback é dado da seguinte maneira: a Méliuz anuncia diversos produtos de e-commerces parceiros e os clientes ao comprarem os produtos utilizam o código da Méliuz. Dessa forma, uma comissão pela venda é repassada para a Méliuz, que por sua vez entrega parte desse valor ao cliente. Assim o cliente consegue resgatar a sua parte da comissão e ter uma porcentagem de seu dinheiro de volta.
Digitalização na pandemia
Com a chegada da pandemia, diversos serviços migraram e se fortaleceram no âmbito online. Restaurantes e empresas de comércio focaram nas vendas digitais para uma maior comodidade dos consumidores. Outro setor que se beneficiou com isso foi o de bancos digitais, que viram um enorme aumento do número de clientes. A Méliuz tem a intenção de se tornar um desses bancos futuramente.
Nesse meio digital, as instituições tradicionais têm mais dificuldades que os novos bancos já nascidos nesse meio. Os bancos mais bem avaliados atualmente são o Nubank e o Inter, ambos voltados exclusivamente para o atendimento digital.
Além disso, os bancos digitais têm mais clientes por funcionário e menos gasto por cliente. Isso mostra uma grande vantagem nesse modelo de negócio no qual a Méliuz pretende atuar futuramente.
Objetivo da Méliuz
A Méliuz pretende se tornar uma plataforma de serviços financeiros no geral e não apenas um programa de cashback.
O primeiro passo para esse objetivo já foi dado com o lançamento do cartão Méliuz, em parceria com o Banco Pan.
A meta da empresa será alcançada assim que a Méliuz se tornar de fato um banco digital, algo que não parece distante.
Gestão e Pessoas
CEO – Israel Salmen, 10 anos de Méliuz (fundador), 17,51% de participação da Méliuz.
CFO – Ofli Guimarães, 10 anos de Méliuz (fundador), 10,98% de participação da Méliuz.
Operações – Lucas Marques, 6 anos de Méliuz, 2,8% de participação na Méliuz.
Estratégia – André Amaral, 4 anos de Méliuz, 1,04% de participação na Méliuz.
52% da equipe Méliuz é focada em tecnologia e produtos, mostrando um grande foco da companhia para desenvolver seu lado fintech.
A Méliuz tem ainda uma das melhores satisfações entre os seus funcionários, levando em conta a nota que os mesmos enviaram à empresa e a quantidade de empregados que recomendam o emprego para um amigo.
Carteira do fundo
Desta forma, a carteira da Indie Capital está dividida em: 84% de empresas que visam o crescimento acelerado e 15% de companhias que visam mudança estrutural. É importante destacar que 1% do capital do fundo permanece em caixa para oportunidades que possam surgir no mercado.