Indie Capital faz bate-papo mensal com análise de portfólio 

O bate-papo abordou os desempenhos atingidos pelo portfólio da gestora.

A Indie Capital elaborou uma reunião na manhã desta terça-feira (11) para abordar os desempenhos atingidos pelo portfólio da gestora, o time presente fez uma análise sobre a performance atingida em 2021 e apresentou as expectativas para este ano.

O bate-papo contou com a participação dos sócios da Indie Capital, Daniel Reichstul e Marcelo Bronze, além de João Nesrati, gestor de investimentos e analista de renda variável. A apresentação destacou a variante do novo coronavírus, a Omicron, o cenário de maior tensão ocasionado pela política monetário do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, adotada nos últimos meses como possíveis ameaças econômicas que influenciaram o preço dos ativos

Para o ano de 2022, há algumas corporations que a Inde Capital nota a característica de se apresentar abaixo do valor histórico. “Estamos confiantes na nossa carteira. Fizemos algumas alterações, mas não mudamos a estrutura do portfólio como um todo”, diz Reichstul.

Dentre as principais posições ocupadas pelas maiores companhias que irão protagonizar os fundos, destaca-se aqui algumas delas: Grupo NotreDame Intermédica, Unidas, Eneva, Tenda, BTG Pactual, Sequoia, Rumo, Light e Méliuz.

Análise 2021

Os gestores presentes destacaram as principais atribuições negativas registradas no ano de 2021, no qual, além de explicar o contexto de queda, os profissionais salientaram qual aprendizado foi retirado de cada experiência. 

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“A piora do cenário inflacionário impulsionou a um fluxo de desgaste relevante neste segundo semestre de 2021”, apontou o gestor de investimentos, Daniel Reichstul.

Dentre as principais quedas, os gestores destacaram a Tenda, Natura, Light e Meliuz. Sendo que somente a Natura sofreu alteração de percepção de valor.
Para Tenda, os fatores que impulsionaram a queda da companhia foram justificados no aumento de 30% nos custos de material de construção e compressão de margem. Contudo, a avaliação é de que há um potencial na companhia de que o retorno esperado para três anos seja de valorização melhor do que a atingida antes do preço da ação cair. 

“O lucro esperado foi projetado para 2024, por exemplo, e será um lucro muito parecido com o que a gente tinha antes desse aumento de custo”, avaliou João Nesrati, gestor de Investimentos e analista de renda variável na Indie Capital.

Enquanto que para a Natura, de acordo com a avaliação da gestora, a companhia apresentava características “hipercomplexa” somada a deterioração do “turn-around”, o aumento de custo significativo, totalizaram uma equação no qual fez os profissionais alterarem sua percepção de valor da companhia. Com isso, a Indie destaca que o aprendizado que foi retirado, será o maior equilíbrio na exposição do desconto em teses com alto tom de risco de execução, além de maior criticidade com aquisições transformacionais.

A Light, por sua vez, apresentou uma queda em decorrência do contexto macro, potencialmente impactado na recuperação esperada sobre as perdas. No entanto, a companhia permanece no portfólio, na qual a Indie Capital acredita que a mesma possui um time competente e coeso para realizar plano de Turnaround. Acrescenta-se também em cenário macro o potencial de deslocar em alguns trimestres os ganhos em perdas, analisa a gestora.

Por fim, a Méliuz, que teve sua queda abalada pela abertura de juros longo, sell-off de techs Brasil, além do resultado do segundo trimestre de 2021 ligeiramente abaixo do esperado. A Gestora permanece enxergando que a companhia é uma das maiores assimetrais de retorno da carteira.