Infinity avalia Bolsa após correção incomum de 20%

“Em mercados de alta, como entre 2004 e 2008 ou entre 2016 e 2019, correções de 20% são raras”, diz Infinity

O mercado brasileiro de ações, que em outubro foi afetado pelo ambiente político e fiscal, agora passa por uma “correção incomum” de 20% e que deixou as ações “excessivamente descontadas”, avalia a Infinity. 

A avaliação foi feita em um relatório mensal enviado a clientes nesta sexta-feira (5) onde a gestora destaca que “em mercados de alta, como entre 2004 e 2008 ou entre 2016 e 2019, correções de 20% são raras.’’ 

O exemplo usado foi a única correção de 20% no período de 2016 a 2019 ocorreu em meados de 2018 quando dois eventos isolados atingiram o mercado: a greve dos caminhoneiros e pesquisas eleitorais vistas como negativas para os investimentos. Mesmo no chamado ‘Joesley Day’, a correção não chegou a 20%, aponta a gestora. 

A Infinity entende que a correção atual, que já superou 20%, é resultante da desaceleração no preço das commodities, particularmente as metálicas, por fatores internos como aumento da inflação e dos juros, e o risco fiscal. 

“Apesar dos riscos elevados, vemos os preços das ações como excessivamente descontados. A relação preço/lucro do Ibovespa atualmente é similar à observada nos piores momentos de crises anteriores, como nas crises de 2008 (crise do mercado imobiliário americano), 2016 (crise fiscal brasileira) e 2020 (pandemia)”, explica. 

A empresa ainda diz que acreditam que boas empresas na bolsa continuarão apresentando bons resultados em função da recuperação em setores mais afetados pela pandemia (como shopping), menor concorrência e pelo fato de muitas empresas conseguirem apresentar resultados normalmente superiores ao que poderia ser sugerido pelo crescimento do PIB brasileiro.

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