O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado o indicador oficial da inflação no Brasil, registrou uma aceleração de 1,06% em abril na comparação com o mês de março. O resultado foi o maior para o mês desde 1996 (1,26%). Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (11).
Os maiores impactos da inflação em abril vieram dos setores de alimentação, bebidas e transportes. O grupo alimentos e bebidas contribuiu com a maior variação (2,06%). Já o segmento de transportes teve alta de 1,91%. Os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril.
Com os números, o IPCA acumula uma alta de 4,29% no ano e 12,13% nos últimos 12 meses.
Já o IPCA-15, que é uma prévia do IPCA, havia subido 1,73% em abril, maior variação mensal desde fevereiro de 2003
Inflação: oito grupos de produtos tiveram alta no IPCA
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Oito dos nove grupos de produtos e serviços da pesquisa tiveram alta em abril. A gasolina teve alta de 2,48%, respondendo por 0,17 ponto percentual no índice.
Em doze meses a gasolina acumula uma alta de 31,22%. Já o etanol tem alta de 42,11% e o diesel, de 53,5% no ano.
Os números ficaram um pouco acima das expectativas do mercado. O Refinitiv havia projetado uma aceleração mensal de 1% e anual de 12,07%.
Contudo, o indicador veio abaixo do IPCA de março, que teve alta de 1,62%, maior resultado para o mes desde 1994.
Com os resultados de abril, o Brasil já registra 8 meses seguidos com a inflação acima de dois dígitos. O BC (Banco Central) deve aumentar mais uma vez a Taxa Selic para tentar conter a inflação. Atualmente, a Selic está em 12,75% ao ano.
