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Intelbras (INTB3): Fitch dá rating AA-(bra) e perspectiva estável

Está é a primeira vez que a agência de classificação de risco concede a nota para empresa brasileira

A Fitch atribuiu, pela primeira vez, o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA-(bra)’ à Intelbras (INTB3) com a perspectiva do rating estável.

Segundo a agência de classificação de risco, o rating da Intelbras reflete sua destacada posição de negócios no Brasil na venda de equipamentos eletrônicos destinados aos segmentos de segurança e comunicação, além da presença na comercialização de produtos para o segmento de energia.

Ainda na avaliação da Fitch, a empresa apresenta diversificado portfólio de produtos, que contribui para atenuar possíveis oscilações nas margens operacionais e na geração de caixa. “A permanência de reduzida alavancagem e robusta liquidez é fator-chave na avaliação, com fluxos de caixa livre (FCFs) positivos suportando o robusto perfil financeiro”, diz a Fitch.

A exposição da Intelbras ao risco de obsolescência dos seus produtos eletrônicos e a exposição da rentabilidade à volatilidade da taxa de câmbio e do preço de suas principais matérias-primas limitam a classificação.

Para a agência, a empresa também apresenta porte mediano e está exposta à competição de grandes participantes globais, sendo que alterações relacionadas a benefícios fiscais (que inclui tarifa de importação) podem afetar substancialmente sua competitividade e rentabilidade.

Intelbras: Itaú BBA corta recomendação de compra

As ações da Intelbras tiveram sua recomendação de compra rebaixada para neutra pelo Itaú BBA (ITUB4). A avaliação do banco surge após a companhia divulgar seu balanço do segundo trimestre de 2023.

Apesar do crescimento da lucratividade da Intelbras, os analistas do Itaú BBA observaram uma queda da receita líquida da empresa tanto na base trimestral quanto na anual.

Em relatório, chamado “mesmo as maiores empresas enfrentam desafios”, a instituição financeira escreveu que os números do segundo trimestre apontam que o mercado solar está passando por uma desaceleração mais acentuada do que o esperado.

“Até a própria Intelbras admite em seu relatório de resultados que o desempenho do segmento ficou abaixo até das expectativas mais pessimistas. Uma atitude tão transparente e sincera não pode ser encontrada em muitas empresas e definitivamente aplaudimos a Intelbras por isso”, afirmaram os analistas do BBA.

Diante desse cenário, o BBA espera um cenário cauteloso para 2023 e 2024. Considerando receitas solares iguais às receitas não solares no segmento de energia ao longo de 2023, agora o banco projeta uma contração de 44% para o segmento no ano.

Apesar disso, o Itaú BBA também disse que acredita “piamente no que a Intelbras pode construir e entregar a longo prazo e estamos confiantes de que a empresa superará os desafios em algum momento. Aguardamos ansiosamente esse momento para voltarmos a ter uma visão mais otimista da ação”.