A XP reafirmou sua recomendação de compra de ações da Intelbras (INTB3), mesmo após queda de quase 20% no valor dos papeis após divulgação dos resultados da empresa no terceiro trimestre de 2024. Os dados mostraram uma redução de 3,1% na margem bruta da companhia.
A Intelbras também foi colocada entre os top pick da corretora, mas teve seu preço-alvo reduzido de R$ 29 para R$ 28. Analistas da XP avaliam que ajustes de preços e mix e um foco da empresa em rentabilidade devem gerar resultados positivos no futuro.
“A tese do crescimento estrutural permanece intacta“, afirmou o analista Bernardo Guttmann, em nota. Para ele, a queda atual está relacionada a questões temporárias, como entraves logísticos e pressões causadas pela valorização do dólar em alguns setores.
A XP também vê como exagerada a reação após queda das margens, já que o número está apenas 0,8% abaixo da média dos últimos 15 trimestres. “A empresa possui direcionadores claros em todos os segmentos que possibilitam um crescimento lucrativo de dois dígitos, especialmente em segurança e comunicações”, afirmou Guttmann.
Intelbras (INTB3) tem queda de preço-alvo pelo Goldman
O banco Goldman Sachs cortou o preço-alvo das ações da Intelbras (INTB3) de R$ 25,90 para R$ 22 em 12 meses. Mesmo assim, o banco manteve recomendação de compra e vê bom potencial de valorização da companhia, de 28%.
A revisão das projeções é justificada por uma perspectiva de margens menores e maior custo de capital. O banco também avalia que investidores estão mais cautelosos, pois foram negativamente surpreendidos pelas margens do último semestre.
Ao mesmo tempo, o banco considera que os riscos já estão precificados, por isso segue recomendando a compra de ações da Intelbras. Às 11h (horário de Brasília), os papeis da companhia recuavam 0,58%, a R$ 17,19.
“Acreditamos que o 3T24 aumentou a incerteza sobre os resultados futuros, especialmente no nível de margem, e agora assumimos menor crescimento de Segurança e margens gerais estruturalmente menores para contabilizar ventos contrários logísticos/climáticos/câmbio difíceis de prever e também refletindo tendências específicas do segmento em TIC e Energia”, disseram os analistas Vitor Tomita e Milenna Okamura, segundo o “Investing.com”.
“Vemos um momentum de lucros ainda incerto no 4T24, dadas as comparações anuais mais difíceis, enquanto muitos dos mesmos ventos contrários que pressionaram as margens do 3T24 permanecem em vigor; embora tenhamos previsto uma melhoria sequencial da margem devido aos aumentos de preços implementados durante o 3T24 e à ramp-off da produção local de novas ofertas de TIC”, avaliaram os analistas.