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Investidores buscam liquidez e baixo risco, diz diretor da InvestSmart XP

O especialista destacou que tanto os investidores quanto a carteira da InvestSmart XP focam em ativos que “produzam valor"

Foto: CanvaPro
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Os investidores têm procurado alternativas líquidas e sem risco, além de buscarem, de forma natural, a diversificação internacional da carteira. “Isso se deve à deterioração do poder de compra da nossa moeda e à falta de sinalização por parte do governo”, disse ao BP Money André Meirelles, Diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP. A declaração foi feita nesta sexta-feira (14).

Segundo Meirelles, os investidores querem se proteger da ausência de medidas do governo para conter a desvalorização do real frente a outras moedas.

“O Brasil, na média histórica, representava quase 1% do mercado financeiro global, mas agora estamos abaixo de 0,5%, somando o valor de todas as bolsas. Por isso, é importante nos livrarmos do que chamamos de home bias, o viés de investir apenas no mercado doméstico”, acrescentou.

André Meirelles, Diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP / Foto: BPMoney

Investidores buscam ativos que geram valor e não se depreciam

Nesse sentido, o especialista destacou que tanto os investidores quanto a carteira da InvestSmart XP focam em ativos que “produzam valor e não sejam apenas reserva de estoque”.

“Se você investir em ativos que possam gerar valor ao resolver um problema da sociedade, eventualmente haverá valorização e ganho de capital. Isso costuma fazer mais sentido”, explicou.

Contudo, Meirelles ponderou que, apesar de contar com aplicações em ativos conservadores, a carteira da InvestSmart XP também mantém uma exposição “relativamente grande” a ativos alternativos, como os fundos Gálio, Fiagro e FiInfra, que são isentos de imposto sobre ganho de capital. “Acreditamos que os preços estão muito depreciados para serem ignorados”, afirmou.

“Temos uma pequena alocação em fundos multimercado, que funcionam como um coringa na carteira. Independentemente da direção do mercado, se o gestor acertar sua tese e o timing, há retorno positivo. Além disso, mantemos pequenas exposições a bitcoin e criptoativos como forma de diversificação saudável”, acrescentou.

Segundo o especialista, a diversificação com ativos descorrelacionados tende a gerar bons retornos no longo prazo. “Exposições bem distribuídas, incluindo bolsa no Brasil e outros ativos de diferentes dinâmicas, costumam ser uma estratégia eficiente”, concluiu.