O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu de 0,53% no final de maio para 0,64% na primeira quadrissemana de junho.
Com esse resultado, o índice registra uma alta acumulada de 4,07% em 12 meses, comparado a 3,30% na leitura anterior.
Nesta apuração, cinco dos oito grupos que compõem o IPC-S registraram aumento: Alimentação (de 0,72% para 1,05%), Habitação (de 0,41% para 0,56%), Vestuário (de -0,54% para -0,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,67% para 0,79%) e Despesas Diversas (de 0,21% para 0,38%).
O aumento nesses grupos foi impulsionado pelos seguintes itens: hortaliças e legumes (de 5,54% para 6,89%), taxa de água e esgoto residencial (de 1,54% para 2,28%), roupas femininas (de -0,77% para -0,22%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,66% para 2,12%) e serviços bancários (de 0,00% para 0,38%).
O grupo Transportes manteve a taxa de variação de 0,49% registrada na última apuração. Esse resultado foi influenciado pelo aumento no preço do pedágio (de -9,26% para 0,00%) e pela queda no preço da gasolina (de 1,20% para 0,94%).
Influências no IPC-S
As maiores influências de alta no IPC-S desta leitura vieram da batata-inglesa (de 17,31% para 24,79%), aluguel residencial (de 1,24% para 1,35%), passagem aérea (de 5,52% para 3,14%), gasolina (de 1,20% para 0,94%) e taxa de água e esgoto residencial (de 1,54% para 2,28%).
Na outra ponta, contribuíram para a queda do índice a banana-prata (de -12,22% para -10,56%), seguro facultativo para veículo (de -1,11% para -0,98%), laranja-pera (de -6,18% para -6,08%), banana-nanica (de -5,04% para -5,65%) e excursão e tour (de -1,09% para -1,27%).
Focus: mercado sobe pela 5ª consecutiva projeção para a inflação
O Relatório Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (10), os analistas do mercado elevaram suas projeções para a inflação deste ano pelo quinto mês consecutivo.
Segundo as medianas, a expectativa é de que o IPCA atinja 3,90% até o final do ano, o que representa um aumento de 0,9 ponto em relação ao centro da meta, mas ainda está dentro da margem de tolerância estabelecida até 4,5%.
Além disso, o consenso do mercado aponta um aumento nas estimativas dos analistas para a inflação e o PIB (Produto Interno Bruto) em 2024 em comparação com as projeções anteriores.