Índices de preços

IPC-S desacelera para 0,22% no em junho

Inflação em maio tinha alcançado 0,53%; indicador sofreu menor pressão de alimentos e foi ajudado por queda maior nos preços das passagens aéreas

IPC-S
IPC-S / Reprodução: Agência Brasil

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) registrou uma desaceleração para 0,22% no fechamento de junho, em comparação com o aumento de 0,53% observado em maio.

Na terceira quadrissemana de junho, a variação foi de 0,45%. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (1) pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Com este resultado, o índice acumula uma alta de 3,63% nos últimos 12 meses.

A variação do IPC-S no mês ficou abaixo do limite inferior das estimativas do Projeções Broadcast, que era de 0,32%. A mediana previa um arrefecimento para 0,34%, enquanto o limite superior das projeções alcançava 0,40%.

Nesta leitura, todas as oito categorias de despesas apresentaram decréscimos em comparação à quadrissemana anterior: Alimentação (de 1,01% para 0,50%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,32% para -0,75%), Habitação (de 0,33% para 0,13%), Despesas Diversas (de 0,62% para 0,44%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,67% para 0,57%), Vestuário (de 0,42% para 0,36%), Comunicação (de 0,08% para -0,08%) e Transportes (de 0,21% para 0,19%).

O comportamento desses grupos foi influenciado, respectivamente, pelos seguintes itens: hortaliças e legumes (de 5,34% para 1,57%), passagens aéreas (de -2,05% para -4,81%), móveis para residência (de -0,24% para -0,66%), serviços bancários (de 1,05% para 0,86%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,87% para 1,44%), calçados infantis (de 0,17% para -1,64%), serviços de streaming (de 2,04% para 1,03%) e transporte por aplicativo (de -4,44% para -7,03%).

Influências do IPC-S

As principais influências individuais que contribuíram para a queda do IPC-S nesta leitura foram: passagens aéreas (de -2,05% para -4,81%), mamão papaya (de -8,94% para -15,06%), transporte por aplicativo (de -4,44% para -7,03%), banana-prata (de -7,33% para -6,07%) e cebola (de -1,21% para -3,92%).

Por outro lado, os itens que pressionaram o índice para cima foram: leite tipo longa vida (de 9,63% para 8,68%), batata-inglesa (de 21,41% para 15,48%), gasolina (de 0,55% para 0,61%), taxa de água e esgoto residencial (de 1,83% para 1,46%) e serviços bancários (de 1,05% para 0,86%).

Focus: estimativa para inflação sobe pela 7ª semana seguida

No Relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (1), os analistas do mercado elevaram novamente as suas projeções para a inflação deste ano, agora a 4,0%. Esta é a sétima alta consecutiva no boletim.

A estimativa para a taxa básica de juros (Selic) se manteve, assim como na última semana. Em relação ao PIB, o BC também inalterou a expectativa de crescimento.

De acordo com o Boletim Focus, a projeção do IPCA, principal medidor da inflação, para 2024 continuou sua trajetória de alta, subindo para 4,0% pela sétima semana seguida. Na semana passada, a projeção era de 3,98%.