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IPC-S desacelera para 0,46% na segunda de novembro, diz FGV

Maior contribuição para o resultado partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação, puxado por aumentos menos intensos nas passagens aéreas

Na segunda quadrissemana de novembro, a inflação, medida pelo IPC-S, apresentou uma desaceleração, registrando 0,46%, em comparação com a variação de 0,53% na primeira leitura do mês. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou esses dados nesta quinta-feira (16). O indicador acumula um aumento de 3,81% nos últimos 12 meses.

Na mais recente apuração, observou-se uma redução nas taxas de variação de cinco das oito classes de despesa que compõem o índice IPC-S. A principal influência para esse resultado foi identificada no grupo educação, leitura e recreação, cuja taxa de variação diminuiu de 3,95% na primeira quadrissemana de novembro para 2,94% na segunda quadrissemana do mesmo mês.

Nessa classe de despesa, merece destaque o comportamento do item passagem aérea, cujo preço apresentou uma variação de 14,66%, em comparação com os 19,97% registrados na edição anterior do IPC-S.

Os grupos Transportes (de -0,08% para -0,28%), Vestuário (de 0,30% para 0,10%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,45% para 0,44%) e Comunicação (de -0,04% para -0,05%) também apresentaram redução em suas taxas de variação.

Nessas classes de despesa, merecem destaque os seguintes comportamentos nos itens: gasolina (de -1,26% para -1,84%), calçados infantis (de 0,96% para -0,49%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,91% para 0,79%) e serviços de streaming (de 0,10% para 0,00%).

Por outro lado, os grupos Alimentação (de 0,43% para 0,65%), Habitação (-0,09% para 0,07%) e Despesas Diversas (de 0,09% para 0,11%) registraram aumento em suas taxas de variação.

Nestas classes de despesa, foram citados como mais relevantes os itens: hortaliças e legumes (4,79% para 7,51%), aluguel residencial (-1,12% para -0,56%) e serviço religioso e funerário (0,23% para 0,57%).

Inflação para 2023 cai, mas de 2024 volta a subir, segundo Boletim Focus

A projeção para a inflação de 2023 feita por analistas apresentou uma queda nesta semana, porém, a estimativa para o IPCA de 2024 registrou um aumento, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (13) pelo Boletim Focus do Banco Central. As previsões para o crescimento do PIB neste ano e no próximo permaneceram estáveis, segundo a pesquisa.

A estimativa do IPCA para este ano apresentou uma leve redução, passando de 4,63% para 4,59%, enquanto a previsão para a inflação de 2024 apresentou um aumento, avançando de 3,91% para 3,92%, na terceira semana consecutiva de alta. A projeção para a inflação de 2025 se mantém em 3,50% há 16 semanas. Quanto à estimativa para 2026, permanece em 3,50% nos últimos 19 Boletins Focus.

A projeção para os preços administrados dentro do IPCA em 2023 registrou a sexta semana consecutiva de recuo, passando de 9,59% para 9,38%. Já a estimativa para 2024 apresentou uma ligeira redução de 4,47% para 4,46%. A previsão dos analistas para esses preços em 2025 permanece em 3,96%, e a projeção para 2026 está mantida em 3,50% há 15 semanas.

No que diz respeito ao IGP-M, a projeção de deflação para 2023 permaneceu em -3,55%, enquanto a estimativa para 2024 registrou um aumento de 4,0% para 4,03%. As projeções para 2025 e 2026 se mantiveram estáveis em 4,0%.

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