IPCA-15 recua novamente e chega a 0,57% em abril

A projeção do consenso Refinitiv apontava que o recuo seria de 0,61%

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), prévia da inflação, desacelerou para 0,57%, em abril. A projeção manteve a tendência de desaceleração após ter alcançado 0,76% em fevereiro, desde então foram dois recuos, para 0,69% em março e de agora. O documento foi divulgado pelo  IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (26).

O índice desacelerou na comparação com março, quando ficou em 0,69%. Em abril de 2022, o IPCA-15 foi de 1,73%. Além disso, resultado ficou abaixo do esperado pelo consenso Refinitiv, que projetava um recuo para 0,61%. 

Nos últimos 12 meses o IPCA-15 acumulou 4,16% , uma redução em relação aos 5,36% anotados nos 12 meses até março.

Transporte tem maior impacto no IPCA-15

A maior varição (+1,44%) e o maior impacto no índice do mês (0,29 p.p.) vieram dos Transportes, mas a variação foi menor que os 1,50% de março. Seguindo o roteiro do mês anterior, a alta do grupo Transportes foi puxada pelo aumento nos preços da gasolina (+3,47%). Sendo o item mais contribuiu com o impacto individual no IPCA-15 de abril (0,17 p.p.).

Saúde e cuidados pessoais

No setor, a maior contribuição veio do grupo de farmacêuticos (+1,86%). O reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos autorizado a partir de 31 de março contribuiu com alta. 

Apesar disso, os itens de higiene pessoal tiveram baixa no IPCA-15 de abril, de 2,16% em março, para 0,35% em abril. O maior responsável pela desaceleração foram os perfumes (1,99%).

Habitação

Os reajustes nos valores da energia elétrica que aconteceram em março em alguns estados do Brasil foram destaque no setor de habitação, com alta de 0,84% e contribuição de 0,03 p.p. Rio de Janeiro (+7,18%) e Porto Alegre (1,36%) comandam as variações nas áreas. Os dois estados sofreram reajustes de 6,0% e 7,49% respectivamente.

A alta do grupo também foi influenciada pela aceleração em aluguel residencial (0,53%), que havia registrado alta de 0,15% em março.

Regiões

De acordo com o IBGE, todas as nove regiões apresentaram alta em abril. Sendo a maior em Curitiba (+,85%) e a menor em Belo Horizonte (0,27%). Na capital do Paraná, A principal contribuição para o resultado veio da gasolina, com alta de 6,40%. BH foi atingida pelas quedas de 6,19% nas frutas e de 13,30% no tomate.

Alimentos e bebidas

O grupo de alimentos teve um recuo de +0,20% em março, para 0,04% no IPCA-15 de abril, sendo impactado pelo variação negativa da alimentação no domicílio (-0,15%). Com destaque para as quedas nos preços da batata-inglesa (-7,31%), da cebola (-5,64%), do óleo de soja (-4,75%) e das carnes (-1,34%). No lado oposto, o preço do ovo de galinha subiu 4,36% no mês.