Crescimento

IPCA: Gasolina sobe quase 5% em 2024 mesmo sem alta nas refinarias

O último aumento no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras aconteceu há quase sete meses, em 21 de outubro de 2023

Gasolina IPCA
Gasolina / Divulgação

Apesar da ausência de aumento nos preços da gasolina nas refinarias da Petrobras (PETR3; PETR4) em 2024, o preço do combustível já registrou um aumento de quase 5% (4,84%) até maio, conforme indicam os dados do IPCA divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Somente em maio, a alta foi de 0,45%.

O último aumento no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras aconteceu há quase sete meses, em 21 de outubro de 2023. Entretanto, em fevereiro deste ano, houve um aumento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o produto.

Agora, há expectativa em relação ao possível impacto da Medida Provisória nº 1.227, de 2024, que modifica as regras do uso de crédito do PIS e da Cofins, afetando vários setores da economia.

Em nota, a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) alertou que “existe a probabilidade de aumento de custos na cadeia de circulação comercial dos combustíveis, desde os produtores, passando pelos distribuidores e até o transporte, chegando aos postos e consumidor final”.

IPCA de maio acelera e sobe 0,46% com alta forte dos alimentos

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a medida oficial da inflação no Brasil, registrou um aumento de 0,46% em maio, conforme os dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O índice acumulado em 12 meses voltou a acelerar. Após sete meses de desaceleração, o IPCA anual registrou um aumento de 3,93% entre junho de 2023 e maio de 2024, marcando a primeira alta anual desde setembro. No período de 12 meses encerrado em abril, a variação foi de 3,69%.

A elevação dos preços foi impulsionada principalmente pelo setor de Alimentação e Bebidas, que cresceu 0,62% em relação a abril.

Dentro deste grupo, os tubérculos, raízes e legumes, especialmente a batata, tiveram um destaque significativo, com um aumento de 20,61% em apenas um mês.

IBGE destacou que as maiores enchentes da história no Rio Grande do Sul, ocorridas no mês passado, já estão começando a impactar a economia brasileira, contribuindo para o aumento da inflação.