O preço-alvo dos papéis do IRB Brasil (IRBR3) foi cortado pelo Credit Suisse e pelo Santander (SANB11). No caso do banco suíço, o preço-alvo da resseguradora foi reduzido de R$ 3,35 para R$ 0,70, recuo de 79%. Além disso, a ação seguiu sendo classificada como underperform (equivalente à venda).
De acordo com Marcelo Telles e Daniel Vaz, analistas do Credit Suisse, existe um “cenário desafiador para o core business do IRB, com espaço limitado para crescer ou mesmo para absorver novas perdas líquidas potenciais”. Na visão deles, a companhia irá registrar um prejuízo líquido de R$ 764 milhões em 2022, e de R$ 113 milhões em 2023.
No Santander, o preço-alvo foi rebaixado de R$ 1,20 para R$ 0,80, recuo de 30%.
“Agora acreditamos que o turnaround da empresa deve demorar mais para se concretizar do que esperávamos anteriormente”, destacaram Arnon Shirazi, Anahy Souza e Henrique Navarro, analistas do Santander.
O corte no preço-alvo também é justificado por uma redução na projeção do retorno sobre patrimônio (ROE) para 2023, que diminuiu de 12% para 9%.
Nesta terça-feira (20), por volta das 14:05 (de Brasília), as ações do IRB avançavam 5,19%, cotadas a R$ 0,81.
IRB (IRBR3): JPMorgan projeta prejuízo de R$ 700 mi em 2022
Já o JPMorgan projeta que o IRB (IRBR3) terminará 2022 com R$ 697 milhões em prejuízo líquido – estimativa com uma diferença de meio bilhão em relação à anterior, quando a casa estimou R$ 197 milhões de prejuízo. Além disso, manteve sua recomendação neutra para as ações, mas cortou o preço-alvo.
Para o próximo ano, o JPMorgan passou a estimar R$ 157 milhões de lucro. Em parecer desta semana, os analistas da casa estimaram o preço justo para as ações do IRB entre R$ 0,50 e R$ 1.
A revisão de cenário para os papéis do IRB vem após um mês da publicação do balanço trimestral da companhia, que teve R$ 298 milhões de prejuízo no terceiro trimestre deste ano.