O banco BTG Pactual (BPAC11) reiterou a recomendação neutra para os papéis do IRB Brasil (IRBR3), com preço-alvo a R$ 1,30.
Segundo analistas do banco, embora uma perda líquida fosse esperada, a magnitude não era. “Supondo outra grande perda líquida no terceiro trimestre, é difícil imaginar que sobrará muito colchão de capital, mesmo após o recente aumento de capital”, disseram os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel em relatório.
Ainda, o BTG apontou que o aumento de capital mais recente pode ser insuficiente se a companhia não voltar “à ativa” em breve.
“Se o sangramento não parar [antes que as ações sejam pressionadas novamente], o IRB pode precisar levantar mais capital”, acrescentaram os analistas.
O IRB já anunciou um prejuízo líquido, de R$ 164,7 milhões, para o mês de agosto. O valor é 179,6% maior em relação ao prejuízo de julho, quando a resseguradora mostrou perdas de R$ 58,9 milhões.
Segundo formulário de informações periódicas divulgado pela companhia na última sexta-feira (21), em agosto de 2021, o resultado foi impactado pelo efeito positivo one-off de R$ 129,4 milhões, decorrente de registro do ganho de ação judicial referente ao PIS/PASEP.
No acumulado dos primeiros oito meses do ano, a empresa acumula prejuízo de R$ 516,4 milhões, ante perdas de R$ 168,9 milhões reportadas em igual etapa de 2021.
“Se considerarmos a sinistralidade normalizada (excluindo efeitos dos eventos climáticos no segmento Rural e Covid no segmento Vida), o resultado líquido para o período de oito meses de 2022 seria negativo em R$ 9,9 milhões”, afirmou o IRB.
As ações do IRB Brasil (IRBR3) operavam em baixa por volta das 15h30 (horário de Brasilia) desta segunda-feira (24). Com isso, os papéis tinham queda de 6,60%, a R$ 0,99, e chegaram a se destacar entre os maiores perdedores do Ibovespa.