Ações em alta

IRB (IRBR3) dispara 10% com recomendação do Citi

Banco recomenda compra e eleva preço-alvo das ações

IRB
Foto; Divulgação / IRB (IRBR3)

Diante dos bons resultados trimestrais de 2023 apresentados pela IRB (IRBR3), o Citi enxergou os números com otimismo e elevou a recomendação sobre as ações para “compra”. Por volta das 13h50 (horário de Brasília), os papéis ordinários IRBR3 subiam 10,05%, a R$ 41,17, nesta sexta-feira (5).

Além da recomendação, o banco também revisou o preço-alvo da IRB, com aumento de R$ 44 para R$ 47. Com relação ao fechamento de quinta-feira (4), o preço indica uma valorização de 25,6% para as ações, de acordo com o “InfoMoney”.

Segundo o relatório do Citi, o setor rural foi responsável por grande parte do otimismo, garantindo, desta forma, mais conforto. Entre os pontos de destaque, a equipe citou os prêmios que parecem retomar o crescimento, mesmo com ritmo moderado. 

Ademais, o índice combinado, segundo os analistas, parece convergir à meta de assinatura de 95%. “Ainda temos um aumento bastante lento tanto no crescimento quanto na lucratividade nos próximos anos”, disse o Citi.

“Mesmo nessas condições, encontramos um amplo potencial de valorização para uma compra e acreditamos que os investidores voltarão a olhar para a história à medida que melhores resultados forem confirmado”, afirmou.

Contudo, a instituição também analisa que os balanços têm dificuldades, mas o IRB tem potencial para gerar capital de reposição. Os analistas ressaltaram que esse cenário pode ocorrer se não houver aumento forte de prêmios.

IRB (IRBR3) tem primeiro lucro anual desde escândalo contábil

Após escândalo, a IRB (IRBR3) conseguiu apresentar bons resultados no quarto trimestre de 2023 e no exercício total do ano. No final do ano anterior, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 114 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 630 milhões em 2022.

A melhora nos números foi refletida nos papéis da IRB (IRBR3), que acumulam 80% nos últimos 12 meses na B3 (Bolsa de Valores Brasileira).

Mesmo com essa variação positiva, para o período, as ações ainda estão 97% abaixo das máximas, pouco antes da divulgação da carta da gestora Squadra que motivou a descoberta da fraude contábil na empresa.

Além disso, vale ressaltar que a organização afastou o risco de precisar de uma nova capitalização para se encaixar na regulação. No final de 2023, de acordo com o “MoneyTimes”, o patrimônio líquido da resseguradora girava em torno de 146% do capital requerido, ante os 101% em dezembro de 2022.