IRB (IRBR3) tem lucro de R$ 20,1 milhões no 2T23

O IRB reverteu o prejuízo líquido de R$ 373,3 milhões registrado no mesmo período de 2022

O IRB (IRBR3) divulgou na segunda-feira (14) seu balanço do segundo trimestre de 2023. A companhia reportou lucro líquido de R$ 20,1 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 373,3 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.

Segundo o IRB, o resultado de subscrição entre abril e junho deste ano foi positivo em R$ 35,4 milhões, alta de R$ 696 milhões em relação ao mesmo trimestre de 2022.

Com a estratégia de melhoria na qualidade de subscrição da companhia, o prêmio emitido total caiu 17,3% no segundo trimestre deste ano ante o mesmo período de 2022, alcançando R$ 1,39 bilhão.

Em relação ao volume, houve um recuo anual de 13,8%, para R$ 994,3 milhões. O prêmio emitido no exterior, que representou 29% do portfólio, totalizou R$ 400 milhões entre abril e junho deste ano.

No segundo trimestre deste ano, o sinistro retido total caiu 54,8% na comparação anual, fechando em R$ 751,5 milhões. O índice de sinistralidade passou de 124,2% para 73,6%, uma queda de 51,6 pontos percentuais (p.p.).

O IRB ainda melhorou o índice combinado – que inclui sinistralidade, comissionamento e demais despesas – em 46 p.p., passando de 154,3 no mesmo período do ano passado, para 108,3% neste trimestre.

As despesas gerais e administrativas do IRB totalizaram R$ 86,7 milhões, um acréscimo anual de 9,1%, que considera despesa não-recorrente de R$ 7,9 milhões em virtude do Programa de Demissão Voluntária (PDV) finalizado em maio.

IRB (IRBR3): BTG (BPAC11) recomenda venda

No final de julho, as ações do IRB Brasil (IRBR3) receberam recomendação de venda do BTG Pactual (BPAC11). A avaliação da casa surgiu após a resseguradora divulgar um prejuízo de R$ 10,4 milhões em maio deste ano. Apesar disso, o banco manteve o preço-alvo da empresa em R$ 40 em 12 meses.

Em relatório, os analistas do BTG argumentaram que os resultados de maio podem pressionar o preço das ações do IRB, após um avanço da companhia na Bolsa por conta das expectativas crescentes de bons resultados.

Em documento, o IRB informou que o prejuízo milionário de maio foi fruto dos resultados de subscrição mais fracos, já que os custos de sinistros e aquisição aumentaram na base mensal.

Apesar de recomendar a venda dos papéis da resseguradora, o BTG reiterou que o rebaixamento de classificação não significa que a instituição financeira não espera por uma recuperação da empresa, mas sim que a volta por cima do IRB não será uma “linha reta”.