Após a quantidade de ações alugadas do IRB Brasil (IRBR3) chegar perto do limite definido pela B3, a XP (XPBR31) informou nesta segunda-feira (12) que a posição “short” recuou 13,8 pontos percentuais desde 26 de agosto. Apesar disso, a corretora também informou que os papéis da resseguradora continuam liderando as posições vendidas da bolsa.
Dentre as 263 ações negociadas na bolsa que são líquidas e envolvidas em operações vendidas, o IRB possui um ‘short interest’ de 12,7%, com uma taxa de aluguel de 56,5%.
Por volta das 14:30 (de Brasília) desta segunda-feira, as ações do IRB Brasil não apresentavam quedas ou altas, cotadas a R$ 1,27.
IRB (IRBR3): short na empresa chegou ao limite
Em 24 de agosto, a quantidade de ações alugadas da IRB Brasil (IRBR3) esteve perto do limite definido pela B3, de 25% do free float (as ações em circulação no mercado). Muitos investidores brasileiros têm realizado o movimento de “short”, tanto que cerca de 316 milhões de ações do IRB estão alugadas.
Se o short da empresa chegasse ao limite, a B3 teria que interromper o registro de novos contratos e determinar o encerramento de operações para que o limite voltasse a ser respeitado. Existe também a possibilidade de haver um reajuste nos limites de negociação.
Até o início de julho, cerca de 200 milhões de ações da IRB estavam alugadas (16% do free float). Após registrar insuficiência de R$ 613,8 milhões do patrimônio líquido ajustado em relação ao capital mínimo requerido no segundo trimestre, houve uma explosão de aluguéis de ações.
IRB (IRBR3): BTG corta preço-alvo e mantém recomendação “neutra”
Recentemente, o BTG Pactual cortou o preço-alvo das ações do IRB Brasil (IRBR3), de R$ 1,70 para R$ 1,30. A movimentação ocorreu após a recente oferta de ações da companhia, que vendeu 1,2 bilhão de papéis a R$ 1 cada.
Mesmo assim, o banco manteve a recomendação “neutra” para as ações da resseguradora, informando que o IRB pode se tornar interessante novamente, mas que ainda não é o momento ideal para a compra de ações.
Em relatório, o BTG acredita que empresas atuantes no setor financeiro são mais interessantes quando têm um controlador, o que não é mais o caso do IRB.
“Geralmente não somos grandes fãs de corporações, que é o que o IRB se transformou, e, ainda, preferimos empresas com ‘proprietários’, que se tornam ainda mais importantes em negócios de capital como bancos, seguros e resseguros”, apontou o relatório.