O IRB Brasil (IRBR3) não planeja fazer um novo aumento de capital, mesmo após novos resultados negativos, de acordo com Marcos Falcão, presidente da resseguradora, nesta quinta-feira (08). O executivo aposta numa melhora da gestão e dos números operacionais nos próximos meses para voltar ao azul em 2023.
Em setembro, a companhia realizou um aumento de capital de R$ 1,2 bilhão para reenquadramento de indicadores regulatórios, após uma série de prejuízos mensais. Mesmo com a operação, o IRB registrou mais prejuízos, gerando especulações no mercado sobre um novo follow-on.
“Ela foi feita para cobrir o passivo mas não falamos em outra não. Se acontecer uma catástrofe, tem que chamar capital, mas não está no cenário a catástrofe. O passado não deve se repetir e provavelmente não vai precisar de novo capital”, afirmou o presidente do IRB à “Reuters”.
O executivo acredita que a guinada no IRB depende da melhora da gestão operacional, no chamado ‘underwriting’ e na continuidade da venda de ativos. A proposta da nova gestão é dar um perfil ao IRB típico de um banco de investimento.
“Temos que ser um business mais com cara de banco de investimento, com mais disciplina financeira, cobrando mais comprometimento das pessoas”, disse Falcão.
Nesta quinta-feira, as ações do IRB valorizaram 2,94%, cotadas a R$ 0,70.
IRB (IRBR3): JPMorgan projeta prejuízo de R$ 700 mi em 2022
O JPMorgan projetou que o IRB (IRBR3) terminará 2022 com R$ 697 milhões em prejuízo líquido – estimativa com uma diferença de meio bilhão em relação à anterior, quando a casa estimou R$ 197 milhões de prejuízo. Além disso, manteve sua recomendação neutra para as ações, mas cortou o preço-alvo.
Para o próximo ano, o JPMorgan passou a estimar R$ 157 milhões de lucro. Em parecer desta semana, os analistas da casa estimaram o preço justo para as ações do IRB entre R$ 0,50 e R$ 1.
A revisão de cenário para os papéis do IRB vem após um mês da publicação do balanço trimestral da companhia, que teve R$ 298 milhões de prejuízo no terceiro trimestre deste ano.