As ações do IRB (Re) (IRBR3) avançam mais de 20% nesta quinta-feira (15), após a resseguradora mais do que triplicar seu lucro líquido no segundo trimestre, chegando a R$ 65,2 milhões.
Os resultados surpreenderam analistas, diante das preocupações com as inundações no Rio Grande do Sul e os possíveis impactos no segmento de seguros.
Por volta das 13h10 (horário de Brasília), os papéis subiam 23,46%, cotados a R$ 40,15.
A resseguradora destacou impactos das fortes chuvas no Estado do Rio Grande do Sul no mês de maio.
“Até junho de 2024, os impactos oriundos dessa tragédia foram de 150 milhões de reais de sinistros avisados somados a R$ 107 milhões de provisões de IBNR (Incurred But Not Reported) totalizando 257 milhões contabilizados na linha de sinistros retidos”, afirmou a companhia em balanço.
Os segmentos mais afetados foram patrimonial, habitacional e engenharia, de acordo com a IRB(Re).
“Para estas linhas de negócios temos o programa de retrocessão e após atingir um limite, repassamos os riscos para os retrocessionários. Para os demais riscos, foi feito uma provisão de IBNR para fazer frente aos nossos compromissos relacionados a este evento.”
O índice de sinistralidade foi de 65% no trimestre, 8,6 pontos percentuais acima do patamar de um ano antes.
IRB(Re) (IRBR3): J.P. Morgan e BTG Pactual analisam
O lucro da companhia implica em um ROE (retorno sobre patrimônio) de 6%, avalia o J.P. Morgan, que esperava um prejuízo de R$ 81 milhões.
“De forma geral, temos uma visão positiva dos resultados, porque acreditamos que as expectativas de mercado, considerando as inundações no Rio Grande do Sul, eram de um prejuízo”, disseram analistas em relatório.
Os analistas do BTG Pactual (BPAC11) também avaliaram o balanço como uma grande surpresa positiva e, embora apontem que as perdas ainda podem aumentar, porque o IRB também possui seguro de retrocessão para sua proteção, acreditam que o segundo trimestre foi um grande evento de redução de risco para a história da resseguradora.
Assim, os analistas elevaram a recomendação de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 40 por ação.