Os analistas do Itaú BBA tem expectativa de que o sistema de energia elétrica precise de capacidade térmica flexível para enfrentar os obstáculos crescentes, devido à volatilidade nos preços da energia intradiária.
Para o banco, a volatilidade nesses preços deve ser contínua e a tendência de alta somente reforça o potencial da Eletrobras (ELET3) na garantia de ganhos no médio prazo.
Seguindo a modelagem do Itaú BBA, o preço-alvo da Eletrobras pode ter um aumento aproximado de R$ 2,7 por ação se houver uma mudança de R$ 10/MWh no preço de energia de longo prazo, o que representaria um aumento de 5%.
O BBA segue vendo a ação como atrativa, com uma TIR (Taxa Interna de Retorno) real implícita de 16,3%.
Itaú BBA vê Eletrobras (ELET3) com capaz de entregar desempenho forte este ano
Por conta das limitações operacionais das usinas hidrelétricas (UHEs) do Rio Madeira, bem com as condições hidrológicas desfavoráveis em todo o Brasil, devido às estações de seca, o despacho térmico pode ser aumentado para atender à demanda de pica, conforme indicado pelo operador da rede, de acordo com o “InfoMoney”.
Os contratos de fornecimento de energia para outubro deste ano começaram a semana com aumento na negociação para R$ 320 MWh (Megawatts hora).
Já para o quarto trimestre de 2024 (4T24), esses preços subiram para R$ 275/MWh, enquanto na semana anterior eram negociados a R$ 205/MWh.
A tendência de alta também segue nos produtos para 2025, 2026 e 2027, que agora são negociados a R$ 190/MWh, R$ 165/MWh e R$ 152/MWh, respectivamente.
Sendo assim, o Itaú BBA mantém perspectiva positiva sobre geradores não contratados e players de geração térmica. Os analistas do banco destacaram a Eletrobras como um player-chave, com capacidade de entregar um forte desempenho.