Renda fixa

Itaú BBA indica melhores títulos para investir com BC mais rígido

Copom ditou tom mais rígido, seguindo a inflação, e o mercado espera Selic em 12%

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Com as indicações dadas pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) quanto à uma possível alta da Selic, caso a inflação não esteja controlada, alterou também as projeções do mercado para a taxa. Com isso, analistas do Itaú BBA revisaram a carteira de indicação a títulos públicos.

A equipe da casa, agora, recomenda que os investidores se atentem ao Tesouro Selic 2027 (pós-fixado), Tesouro Prefixado 2027, Tesouro IPCA+ 2029 e ao Tesouro IPCA+ 2045. 

Em resposta às indicações do Copom na ata da reunião realizada no final de julho, o mercado acionário brasileiro projeta a Selic (taxa básica de juros) em 12% no primeiro trimestre de 2025, com o primeiro aumento já na reunião de setembro.

Um risco elevado está sendo atribuído à inflação brasileira no curto prazo pelos investidores, segundo o Itaú BBA. 

Enquanto a inflação implícita – projetada para 2024 – se aproxima do teto da meta do ano (4,5%), a inflação implícita para 2025 está 1% acima dessa projeção, de acordo com o “InfoMoney”.

“Entre os riscos mapeados neste tópico, ainda estão a resiliência da economia e o aquecido mercado de trabalho, que continuam a pressionar os preços dos serviços”, disse o Itaú BBA.

“A despeito do contingenciamento de R$ 15 bilhões anunciados pelo governo para este ano, ainda vemos a necessidade de mais R$ 22 bilhões para que a regra fiscal seja cumprida em 2024, além de que são aguardadas medidas estruturais para que se resolva de maneira estrutural a questão a partir do ano que vem”, consta em relatório da instituição.

Itaú BBA não vê Selic mais alta que 12% e esperam estabilização

O reforço dos analistas do Itaú BBA é que os títulos foram recomendados seguindo a projeção de Selic a 12% ao ano para o 1TRI25. A expectativa da casa não vê uma pressão de elevação acima dessa precificação. 

Na verdade, os analistas esperam um processo de estabilização, considerando o alívio do cenário internacional e uma postura mais conservadora do Copom, visando também a continuidade do “processo de redução das taxas intermediárias e longas ao longo das próximas semanas”, segundo o veículo de notícias.

Segundo o Itaú BBA, títulos pós-fixados garantem uma rentabilidade elevada em termos nominais e também acima da inflação,no quadro descrito. 

Os investidores que aplicarem em papéis de prazo intermediário, entre dois e três anos, no caso dos prefixados, estarão bem posicionados. 

Enquanto os títulos ligados ao IPCA, seguem atrativos “dado o nível de taxa superior ao que acreditamos ser a taxa de equilíbrio de longo prazo no Brasil”, reiterou o Itaú BBA.

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