O Itaú (ITUB4) não deve ter surpresas no balanço do primeiro trimestre de 2023, marcado para ser divulgado na segunda-feira (8). Tido como o banco com melhor desempenho entre os privados, o resultado financeiro deve ser satisfatório, de acordo com as informações do portal Seu Dinheiro.
A expectativa é de crescimento de 15% do lucro na comparação com o período homólogo de 2022, com o total chegando a R$ 8,444 bilhões. Além disso, o Itaú conseguiu escapar dos impactados causados pela crise da Americanas (AMER3), por provisionar 100% da sua exposição à varejista já no balanço do quarto trimestre de 2022.
O balanço do banco pode sofrer um pouco com a inadimplência, mas ainda abaixo da média do sistema financeiro. Apesar disso, os analistas esperam que a rentabilidade medida pelo ROE (retorno sobre o patrimônio) melhore em relação ao registrado no ano passado e fique no patamar de 21%. O Itaú não deve ter grandes agitações na operação. E na atual conjuntura da indústria bancária, já pode ser considerado uma boa notícia.
Americanas (AMER3): Itaú (ITUB4) suspende ações judiciais
O Itaú (ITUB4) anunciou que suspendeu as ações judiciais contra a Americanas (AMER3). A medida era uma condição da varejista para fechar um acordo com os bancos credores e avançar no processo de recuperação judicial, em curso desde janeiro.
Sem citar os nomes, a Americanas anunciou que alguns credores aceitaram suspender concordaram em suspender temporariamente suas disputas judiciais em curso, de forma a permitir que as partes envolvidas foquem seus esforços na negociação de um plano aceitável para os credores.
A companhia também destacou que “em que pese ainda não haver acordo com seus credores financeiros em relação à última proposta apresentada, a companhia segue empenhada em manter negociações construtivas com seus credores em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades”. A última sugestão da empresa foi de R$ 12 bilhões, um valor abaixo dos R$ 15 bilhões que pediam alguns credores.
O Itaú tem R$ 2,9 bilhões a receber da varejista e fez uma provisão para cobrir 100% da exposição ao calote, no balanço do 4º trimestre. Isso significa que, no caso de acordo com a Americanas, o banco vai reaver um dinheiro que já havia reservado como perda no resultado financeiro de 2022.