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Itaú (ITUB4): BBI projeta distribuição de dividendos de R$ 6 bi no 2S23

Dividendos correspondem a um índice de pagamento de 48% e um rendimento de dividendos de 6%.

As estimativas do Bradesco BBI, publicadas em relatório nesta terça-feira (12), preveem que o Itaú Unibanco (ITUB4) deve realizar uma distribuição adicional de R$ 6 bilhões em dividendos no segundo semestre de 2023 (2S23). O que representaria um rendimento de dividendos (dividend yield) de 2%.

Vale ressaltar que, o BBI havia previsto um índice de pagamento (payout) de 30% para o Itaú, equivalente a R$ 10,2 bilhões, ou um rendimento de dividendos de 4%. Sendo assim, analistas estimam que o banco poderia pagar um dividendo total no valor de R$ 16,2 bilhões em 2023, equivalente a um índice de distribuição de 48% e um rendimento de dividendos de 6%.

Nesse sentido, na avaliação do Bradesco BBI, apesar de ser positivo, os proventos ainda estão bem inferiores aos níveis de rátio de pagamento de 2018-2020 de 70-90%.

Capital Tier 1 do Itaú deve aumentar no 3T23

O Itaú Unibanco reportou capital Tier 1 (medida da solidez financeira de um banco do ponto de vista do regulador) de 13,6% no segundo trimestre de 2023 (2T23) (CET 1 de 12,2% e Tier 1 adicional de 1,4%), enquanto a administração prevê uma melhora de 100bps, impulsionada por novos riscos de crédito conforme Resolução nº 229 do Banco Central , em conformidade com as regras de Basileia III.

Portanto, o capital Tier 1 do Itaú poderia ficar em 14,7% no terceiro trimestre deste ano, de acordo com sua equipe de gestão (13,1% CET 1 e 1,5% adicional Tier 1).

Além disso, analistas estimam que o capital Tier 1 do banco poderá atingir 14,9% até o final de 2023, 13,4% CET 1 e 1,5% adicional Tier 1.

Contudo, vale destacar que, o Banco Central já emitiu Audiência Pública 94/2022 – 95/2023, debatendo mais exigências de capital para os bancos devido a maiores riscos operacionais, que o BBI espera ter um impacto negativo de 100bps no CET 1 do Itaú, em 2024 ou 2025.

Dessa maneira, para calcular o excesso de capital a ser distribuído, será necessário considerar também o potencial impacto negativo mencionado acima, levando-nos a um rátio Tier 1 “ajustado” de 13,9% (12,4% CET 1 e 1,5% adicional Tier 1).