O Bank of America (BofA) revisou o setor bancário e compartilhou suas perspectivas para 2024, elevando a recomendação para as ações do Itaú (ITUB4) de neutro para compra.
“Esperamos que os bancos tenham um bom desempenho em 2024. A inadimplência (NPL) está próximo ao pico, o crescimento está prestes a acelerar e o NII [margem financeira] tende a se normalizar”, avaliam os analistas.
O Bank of America elevou a recomendação para ITUB4, considerando que o prêmio de valuation é justificado devido à sua execução superior, sendo uma das preferências ao lado do BTG Pactual (BPAC11). O preço-alvo para as ações do Itaú foi ajustado de R$ 33 para R$ 40, representando um potencial de alta de 20%. O banco destaca sua preferência pelos “pesos-pesados”.
Para os grandes bancos, o Bank of America também recomenda a compra de ações do Banco do Brasil (BBAS3), mantendo uma recomendação neutra para o Bradesco (BBDC4) e uma recomendação equivalente à venda (underperform) para o Santander Brasil (SANB11).
BofA recua 56% nos lucros do 4T23, para US$ 3,1 bi
O Bank of America (BofA) viu seu lucro diminuir no quarto trimestre em função de encargos bilionários relacionados à recuperação de um fundo de seguro de depósitos do governo dos Estados Unidos, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (12).
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O segundo maior banco dos Estados Unidos apresentou um lucro líquido de U$ 3,1 bilhões, equivalente a U$ 0,35 por ação, nos três meses encerrados em 31 de dezembro de 2023. Comparativamente, no mesmo período do ano anterior, o lucro foi de U$ 7,1 bilhões ou U$ 0,85 por ação, representando uma queda de 56%.
Ainda de acordo com os resultados divulgados, a receita líquida de juros (NII), representando a diferença entre os ganhos provenientes de empréstimos e os pagamentos aos depositantes, experimentou uma queda de 5%, atingindo U$ 13,9 bilhões. Isso ocorreu porque o banco aumentou os gastos para reter os depósitos dos clientes, enquanto a demanda por empréstimos permaneceu baixa em um cenário de taxas de juros elevadas.
O presidente-executivo do Bank of America, Brian Moynihan, comunicou aos investidores no mês passado que a instituição espera que a NII atinja seu ponto mínimo no primeiro semestre deste ano, projetando um crescimento no segundo semestre.
“Os sólidos níveis de capital e liquidez nos posicionam bem para continuarmos a oferecer um crescimento responsável em 2024”, disse Moynihan.
No quarto trimestre, o Bank of America assumiu um encargo antes dos impostos de U$ 2,1 bilhões para cobrir uma taxa de reposição do fundo da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), que foi esgotado em 16 bilhões de dólares no passado para compensar os recursos de correntistas de dois bancos que faliram nos EUA em 2023.
