Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa, afirmou que o banco Itaú (ITUB4) deve seguir reduzindo sua participação na XP Investimentos, mas sem pressa. Atualmente a instituição detém 7,5% da empresa. Setubal também é membro do Conselho Administrativo do banco.
“Essa participação já foi de quase 12%, o banco vendeu cerca de 2%, depois mais 2%, e agora está em torno de 7,5%. A ideia é ir reduzindo, mas sem pressa, com o preço adequado”, comentou o presidente do Itaú, segundo o Valor Inevste.
“Até porque o Itaú não tem a mesma necessidade de caixa da Itaúsa, que fez essa venda de maneira um pouco mais acelerada”, completou.
Conforme dito pelo executivo, o Itaú terá cautela com as vendas e isso deve ocorrer no longo prazo. “Até porque a XP vai bem, tem crescido, teve resultado ok, então não tem urgência”, disse Setubal.
O presidente comentou, ainda, que a instituição investiu em tecnologia mais rapidamente, o que levou vantagem sobre os rivais incumbentes.
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“Entre os incumbentes tem instituições muito sólidas, bem geridas, que circunstancialmente passam por dificuldade maior de resultado, ligado à inadimplência do crédito. O Itaú foi mais cauteloso”, afirmou.
Planos de oferta de produtos do Itaú (ITUB4)
Setubal, disse que, com a vantagem sobre os bancos tradicionais, o Itaú visa os players digitais, alguns dos quais fazem um trabalho muito bom e estão expandindo a oferta de produtos, segundo ele.
“Hoje, em relação aos bancos tradicionais, estamos melhor posicionados – mas eles vão reagir também, já estão reagindo – e não podemos deixar de reconhecer o bom trabalho dos bancos digitais. Então temos de ficar atentos a isso. A estratégia do Itaú é continuar sendo o maior banco do país e acho que, com os investimentos que fizemos, conseguimos tirar um pouco da diferença para os bancos digitais”, analisou o executivo.
O presidente do Itaú aproveitou para elogiar o Nubank, pelo número de clientes e nível de principalidade no Brasil. Além de responder sobre a possibilidade da Aegea participar do leilão de privatização da Sabep (SBSP3), afirmando não saber, exatamente, o apetite da empresa pelo leilão.
