A temporada de balanços trimestrais do setor financeiro começou com o Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4), que não agradaram muito o mercado, a expectativa gira em torno dos número do Itaú Unibanco (ITUB4), que devem ser reportados após o fechamento do Ibovespa.
As estimativas indicam que o Itaú deve seguir sendo a estrela dos balanços dos bancos tradicionais do País – os bancões. O Bradesco BBI espera que a instituição revele um conjunto sólido de resultados com lucro líquido de R$ 10,4 bilhões (+2,8% no trimestre, +14,6% em base anual).
Entre os diversos pontos operacionais que serão divulgados, estima-se uma melhora no mix da carteira de empréstimos do banco, impulsionado pela aceleração nos empréstimos a pessoas físicas, ganhando participação, de acordo com o “InfoMoney”.
Além disso, o mix de produtos também deve mostrar melhora, contribuindo com um resultado maior na receita com intermediação financeira com clientes, enquanto o resultado da Tesouraria deve se normalizar a partir de comparações difíceis no 2T24.
“É improvável que as despesas com provisão apresentem quaisquer grandes surpresas e as taxas de inadimplência parecem estar sob controle, então podem mostrar uma ligeira contração no trimestre”, avalia o Bradesco BBI.
A receita de tarifa do Itaú no 3º trimestre também deve ficar estável, com tarifas de banco de investimento impulsionadas pelas linhas de mercado de crédito (DCM), enquanto o opex (gasto operacional) deve mostrar um ligeiro aumento por conta dos ajustes salariais e investimentos no trimestre, mas ainda permanecendo dentro da faixa de orientação do banco de 5,0-8,0% em base anual.
Itaú (ITUB4): Genial projeta liderança em resultados no 3TRI24
A temporada de balanços do terceiro trimestre deste ano começa a partir do dia 29 de outubro para os bancos tradicionais da Bolsa brasileira. Nesse cenário, a Genial Investimentos teceu o possível cenário para sua preferência do momento, o Itaú (ITUB4).
Liderada por Eduardo Nishio, a equipe da Genial, empresa líder da área de pesquisa e finanças, tem perspectiva de que o Itaú não só liderará o placar novamente, como desta vez deve aparecer isolado.
O ROE (retorno sobre patrimônio) esperado pela corretora é acima de 23% para o banco. A equipe avaliou que a reversão das provisões relacionadas ao caso Americanas trará um ganho incremental estimado de R$ 450 milhões, o que eleva o lucro total para R$ 10,96 bilhões.
Quando comparado ao segundo trimestre deste ano, isso significa um avanço de 4,4%. Já na base anual é uma alta de 16,3%, segundo o “Valor”.
Porém, o principal motor do trimestre para a expansão do lucro do Itaú não foi esse impacto positivo em si. Para a Genial, esse avanço tem apoio da aceleração no crescimento do crédito, passando de 5,3% ano a ano no 2º tri para 7,8%.
Eles aproveitaram para destacar, nos ramos dessa aceleração, a retomada da carteira de pessoa física na linha de cartões, e manutenção das despesas com provisões para devedores duvidosos (PDDs) sob controle.
“Além disso, entendemos que a elevação da Selic, iniciada em setembro, não deve trazer dificuldades significativas para a receita de juros no mercado, uma vez que o banco costuma realizar hedge integral contra variações graduais da taxa de juros”, disse a Genial, segundo o veículo de notícias.
O Itaú é a preferência da Genial para o setor financeiro. A corretora tem recomendação de compra para o papel, sob o preço-alvo de R$ 40,6.
“A manutenção da rentabilidade elevada e geração de capital de forma orgânica pelo banco devem abrir espaço para a distribuição de dividendos extraordinários ao final do ano, o que nos faz projetar um dividend yield atraente de 8% para 2024”, afirmou.