Um burburinho chamou atenção dos investidores brasileiros nesta segunda-feira (13). No final da tarde começou a circular a notícia de que o Itaú (ITUB4) estaria interessado na compra do Credit Suisse no país. As informações são do site Relatório Reservado.
O banco suiço é uma das instituições mais conhecidas no mundo por gestão de fortunas e está no Brasil desde 1959. O movimento já está sendo comparado a aquisição do BBA-Creditanstalt, pelo Itaú, em 2002. Na época, o banco dos Setubal desembolsou R$ 3,3 bilhões para a criação da holding.
Credit Suisse em crise
O Credit Suisse levantou, em dezembro de 2022, US$ 2,4 bilhões em aumento de capital, visando a reestruturação do banco suíço.
Segundo a agência de notícias “Reuters”, os acionistas exerceram 98,4% de seu direito de preferência, dando um voto de confiança aos gestores do banco suíço que atravessa a maior crise em seus 166 anos de história.
“A conclusão bem sucedida do aumento de capital é um marco importante para o novo Credit Suisse. Esse valor vai nos permitir apoiar mais nossas prioridades estratégicas a partir de uma posição sólida de capital e criar um banco mais simples, estável e focado nas necessidades dos clientes e em geração de valor para os acionistas”, disse o CEO do Credit Suisse, Ulrich Koerner, em comunicado.
Há alguns meses, o Credit Suisse já havia levantado capital com o Banco Nacional Saudita, que cedeu 1,8 bilhão de francos suíços.
Ainda, segundo o banco, o exercício do direito de preferência deixou apenas 16,4 milhões de ações sem serem vendidas. Estes papéis serão vendidos no mercado no preço da oferta, de 2,52 francos cada, ou acima dela.
No entanto, Axel Lehmann, presidente do conselho de administração, prevê que, mesmo com o levantamento de capital, o banco tenha mais prejuízo em 2023.